Professor por vocação, o senador Randolfe Rodrigues voltou à sala de aula na tarde desta sexta-feira (07) para uma aula especial de história, revisando o conteúdo com estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) no próximo domingo (09). A ação reforça seu histórico como grande incentivador da educação.
A empolgação do senador, no entanto, vai além da revisão. "Só a educação pode mudar o nosso futuro", declarou Randolfe, ecoando uma conquista da qual foi um dos principais articuladores: pela primeira vez na história, o ENEM será aplicado no distrito do Bailique, em Macapá.
Graças à iniciativa do senador, que se reuniu com o ministro da Educação, Camilo Santana, para levar a demanda, 172 estudantes do arquipélago não precisarão enfrentar o desgastante deslocamento até a capital. Em 2024, essa jornada poderia levar de 10 horas a, em virtude da seca dos rios, três dias de viagem.
"Esta é uma vitória histórica para a educação no Amapá. Garantir que nossos jovens do Bailique tenham as mesmas oportunidades que os demais estudantes é um compromisso que assumimos e estamos cumprindo", destacou o parlamentar.
Barreiras Logísticas
Para que a prova chegue com segurança ao distrito, o Governo do Amapá montou uma operação logística especial. As provas foram transportadas pelos Correios e seguirão de helicóptero para o Bailique. Os alunos das comunidades mais distantes – Filadélfia, Maria José Campeão e Nair Cordeiro – contarão com transporte fluvial, alimentação e alojamento providenciados pelo governo estadual.
No ano passado, 80 estudantes do Bailique precisaram fazer o deslocamento até Macapá, com todas as despesas custeadas pelo estado. A complexidade da logística, agravada pelo período de seca, era um fator que muitas vezes resultava na desistência de participantes.
Prova no Bailique
A aplicação da prova no Bailique será no domingo (09), na Escola Estadual Cláudio dos Santos Barbosa. Os portões abrem ao meio-dia e fecham às 13h (horário de Brasília). No Amapá, mais de 33 mil estudantes farão o exame. A inclusão do distrito na rota de aplicação é um marco para a educação amapaense, garantindo mais equidade e condições de acesso aos alunos das comunidades ribeirinhas.
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