Durante entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, nesta semana, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, classificou o governador do Amapá, Clécio Luís, como “O CARA DO PETRÓLEO”, destacando seu papel estratégico na defesa da exploração de petróleo na Margem Equatorial — região que abrange áreas sensíveis da Amazônia e que tem gerado debates entre ambientalistas, técnicos e representantes do setor energético.

Ao comentar a presença do governador na Offshore Technology Conference (OTC), o maior evento mundial da indústria de óleo e gás, realizado em Houston, nos Estados Unidos, Chambriard destacou o apoio de Clécio.

“O senhor representa aqui a nossa crença de que o Amapá tem um grande potencial a ser explorado em prol da Petrobras e do Brasil. E nesse contexto, eu disse pra ele: o senhor é o cara do petróleo", afirmou a presidente da estatal.

A declaração espontânea, porém carregada de significado político, foi feita num momento em que a Petrobras busca ampliar a diversificação de fornecedores e conter custos diante da queda no preço internacional do barril, que passou de US$ 84 para cerca de US$ 65 em um ano.

Chambriard explicou que a atual política da estatal está focada em conter gastos e atrair novos fornecedores, o que exige um ambiente favorável à exploração. Para isso, a presença de governadores como Clécio Luís (AP) e Fábio Mitidieri (SE) é vista como sinal de comprometimento local com a pauta energética.

“Estamos contratando, e quanto mais empresas se apresentarem para atender nossa demanda, melhor para nós. Precisamos de preços toleráveis e de um ambiente que apoie o desenvolvimento do setor”, pontuou.

A chamada Margem Equatorial, que inclui a costa do Amapá, é considerada a nova fronteira de exploração no Brasil. No entanto, o avanço na região enfrenta resistência de ambientalistas e técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ainda assim, Chambriard foi categórica ao reforçar a confiança no potencial da área.

“Amapá tem sim um potencial que precisa ser mais conhecido e, se confirmado, mais explorado.”

A fala revela a tensão entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, uma equação complexa em que o Amapá se torna peça-chave nesse processo de desenvolvimento para o Brasil.

Além de Clécio, o evento contou com a presença de Davi Alcolumbre, senador pelo Amapá, e de representantes da Federação das Indústrias locais. Segundo a presidente da Petrobras, a articulação entre governos estaduais, representantes políticos e setor produtivo é essencial para fomentar o crescimento da cadeia de petróleo e gás no Norte e Nordeste.

Ao chamar Clécio Luís de “O CARA DO PETRÓLEO”, Magda Chambriard não apenas elogiou a postura proativa do governador, mas também colocou o Amapá no centro da estratégia futura da Petrobras. A frase se transformou em símbolo de uma aposta: a de que o Amapá poderá liderar a próxima fase de expansão energética do país, desde que haja consenso técnico, ambiental e político. Vamos torcer para que tudo seja definido e que os benefícios sejam colhidos pelos amapaenses.

Por Marcio Bezerra

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