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Regras da Previdência em 2026 podem atrasar a aposentadoria

Regras da Previdência em 2026 podem atrasar a aposentadoria

Uma análise clara sobre as mudanças previstas na Reforma da Previdência, o aumento da idade mínima e da pontuação nas regras de transição e os impactos práticos para quem pretende se aposentar, por especialistas da área previdenciária.


As regras da aposentadoria no Brasil passam por nova mudança a partir de 1º de janeiro de 2026, com a entrada em vigor de critérios mais exigentes previstos na Reforma da Previdência de 2019. Embora não se trate de uma nova reforma, a legislação estabelece um endurecimento progressivo das regras de transição, que eleva a idade mínima e a pontuação exigidas para a concessão do benefício.

Na prática, trabalhadores que estavam próximos de se aposentar podem enfrentar atrasos no benefício, justamente por não atenderem aos novos requisitos que passam a valer em 2026. O cenário afeta principalmente quem ainda não havia cumprido todos os critérios até o fim de 2025 e dependia das regras de transição para se aposentar.

As análises apontam que o tempo de contribuição, isoladamente, já não é suficiente. A idade mínima progressiva e a regra dos pontos se tornaram decisivas no cálculo do direito ao benefício, o que torna o planejamento previdenciário ainda mais relevante nesse momento.

Entre as mudanças, destaca-se a idade mínima progressiva, que passa a exigir 59 anos e 6 meses para mulheres e 64 anos e 6 meses para homens, além de 30 e 35 anos de contribuição, respectivamente. Esse acréscimo de seis meses em relação a 2025 pode ser suficiente para impedir a aposentadoria imediata de quem contava com o direito no ano anterior.

Outra alteração relevante ocorre na regra dos pontos, que soma idade e tempo de contribuição. Em 2026, a exigência sobe para 93 pontos para mulheres e 103 pontos para homens, o que pode obrigar segurados com longo histórico contributivo a permanecerem mais tempo em atividade para alcançar a pontuação mínima.

Apesar do aumento das exigências, o direito à aposentadoria permanece garantido. O que muda é o momento da concessão, que pode ser postergado em razão dos novos parâmetros legais. Por isso, decisões relacionadas ao pedido de aposentadoria exigem cuidado, análise prévia e compreensão das regras vigentes.

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Segundo especialistas, solicitar o benefício sem planejamento pode resultar em atrasos ou no enquadramento em uma regra menos vantajosa. Assim, avaliar corretamente o histórico contributivo e a regra aplicável se torna essencial para evitar prejuízos.

No fim, as mudanças previstas para 2026 mostram que a aposentadoria continua sendo um direito assegurado, mas cada vez mais dependente de planejamento previdenciário e de decisões bem informadas, de acordo com a realidade de cada segurado.

Artigo de caráter meramente informativo, elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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