Em Santana, Polícia Civil prende homem condenado pela prática dos crimes de estupro de vulnerável e tortura contra os enteados
- Polícia Civil
- 01/12/2025
- Polícia Civil
Na última quinta-feira, 27, a Polícia Civil do Estado do Amapá, por meio da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) de Santana, prendeu um homem de 47 anos de idade, condenado pela prática dos crimes de estupro de vulnerável e tortura contra os enteados.
Segundo a Delegada Katiúscia Pinheiro, os abusos sexuais iniciaram em meados de 2018, quando a vítima tinha 12 anos de idade e perduraram por dois anos, ocorrendo por diversas vezes, nas mesmas condições de tempo, espaço e maneira de execução. Quando a vítima se negava a manter relação sexual com o padrasto, era agredida fisicamente por ele, tendo, em decorrência dos abusos sexuais, engravidado aos 13 anos de idade.
“O padrasto se aproveitava da coabitação e da relação de confiança que detinha no seio familiar da vítima e, quando a vítima dizia que iria contar para a genitora, era ameaçada e agredida fisicamente, inclusive, ele dizia que poderia ser preso, mas que, quando saísse, ou mesmo de dentro da cadeia, iria matá-los. A intimidação da vítima é uma das estratégias usadas por predadores sexuais de crianças para garantir a sua impunidade. Os fatos só vieram ao conhecimento da autoridade policial no ano de 2021, quando a vítima esteve abrigada em Casa de Acolhida e relatou o que vinha sofrendo. O padrasto negou os abusos sexuais, mas foi condenado judicialmente”, explicou a Delegada.
Em relação ao crime de tortura, foi constatado que o homem agredia fisicamente o enteado, de 10 anos de idade (irmão da vítima do estupro), de modo que, quando a criança o via, escondia-se com medo, e, quando chegava alguma visita, ele era trancado no quarto para ninguém ver as marcas das agressões. Além disso, teria obrigado o menino a limpar o quintal nu e ficar de castigo ajoelhado no milho cru, como forma de medida corretiva.
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O homem preso, por meio do cumprimento de mandado de prisão definitiva, foi encaminhado ao IAPEN para iniciar o cumprimento da pena de 22 anos, 6 meses e 25 dias de reclusão por estupro de vulnerável e da pena de 2 anos e 4 meses de reclusão por tortura.
