Reprodução/Internet
Petrobras aposta em nova fronteira petrolífera na Margem Equatorial e mira dividendos por mais 20 anos
Publicidade

Petrobras aposta em nova fronteira petrolífera na Margem Equatorial e mira dividendos por mais 20 anos

Com autorização para iniciar perfuração na Foz do Amazonas, estatal reacende expectativa de reservas bilionárias e reforça tese de um "novo pré-sal" brasileiro.


A Petrobras recebeu autorização para realizar as últimas etapas preparatórias da perfuração de poços na Foz do Amazonas, parte da Margem Equatorial, região que, segundo projeções da presidente da estatal, Magda Chambriard, pode conter até 30 bilhões de barris de petróleo. O governo federal, por sua vez, estima uma arrecadação de até R$ 1 trilhão com a exploração. A expectativa é que, se confirmado o potencial, a nova fronteira petrolífera garanta dividendos robustos por até duas décadas, mesmo com as ações da companhia acumulando queda de quase 13% em 2025.

O otimismo se baseia em resultados observados na Guiana, onde a ExxonMobil descobriu cerca de 11 bilhões de barris em 2015. Desde então, o PIB per capita guianense saltou de US$ 5,6 mil para mais de US$ 32 mil. A Petrobras busca repetir esse sucesso, mas especialistas, como Rafael Schiozer, da FGV, pedem cautela: embora os indícios geológicos sejam promissores, apenas com testes e perfurações será possível confirmar a viabilidade. A produção, em cenário otimista, começaria por volta de 2031.

No curto prazo, a Petrobras enfrenta desconfiança do mercado, refletida no baixo múltiplo de lucro, cerca de quatro vezes, metade de concorrentes como a Ultrapar. Segundo João Abdouni, da Levante Corp., investidores exigem retorno rápido via dividendos por temerem má gestão política. Mesmo assim, ele ressalta que, se a empresa mantiver retorno de 10% a 15% ao ano, um acionista poderia recuperar seu investimento em 7 a 10 anos, e até triplicá-lo caso o “novo pré-sal” se confirme.

Por fim, caso as reservas não correspondam às expectativas ou o licenciamento ambiental seja negado, a Petrobras já estuda alternativas no exterior. A empresa adquiriu blocos de exploração na África, como em São Tomé e Príncipe e na África do Sul. Segundo Schiozer, é natural que uma petroleira diversifique suas reservas diante da possível exaustão das atuais. A matéria completa foi publicada originalmente no portal Valor

Fonte: ValorInveste

Publicidade



O que achou desta notícia?


Cursos Básicos para Concursos