Foto: Evandro Vilhena/Seed
Governo do Estado realiza aula inaugural do Programa Brasil Alfabetizado no Instituto Penitenciário do Amapá
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Governo do Estado realiza aula inaugural do Programa Brasil Alfabetizado no Instituto Penitenciário do Amapá

A ação vai beneficiar 90 educandos do Iapen com aulas na modalidade Educação de Jovens e Adultos, no período de 12 meses.


O Governo do Estado realizou nesta terça-feira, 1º, a aula inaugural do Programa Brasil Alfabetizado (PBA), no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), voltado a educandos em situação de privação de liberdade, com o objetivo de superar o analfabetismo e fortalecer a reinserção social por meio da educação. 

Promovida pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), a formação faz parte do Pacto pela Superação do Analfabetismo na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e vai atender 90 apenados do Iapen, divididos em seis turmas. Durante 12 meses, os participantes terão aulas com apoio técnico e pedagógico, para aprenderem a ler, escrever e continuar estudando, dentro ou fora do sistema prisional.

Equipe de pedagogos do Iapen e técnicos da Seed durante a aula inaugural do programa

Equipe de pedagogos do Iapen e técnicos da Seed durante a aula inaugural do programa

Foto: Evandro Vilhena/Seed

Para Ingrid Bastos Alves, gerente do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos da Seed e coordenadora do Pacto pela Superação do Analfabetismo, o momento representa mais do que o início de um ciclo pedagógico. 

Ingrid Bastos Alves, gerente do Núcleo EJA da Seed

Ingrid Bastos Alves, gerente do Núcleo EJA da Seed

Foto: Evandro Vilhena/Seed

"Hoje é um marco para a educação do Estado do Amapá e para o Instituto Penitenciário. Conseguimos formar seis turmas com um total de 90 PPLs. É uma conquista enorme, pois são poucos os estados que ofertam esse tipo de ação dentro do sistema prisional. Estamos garantindo o direito à educação, independentemente do espaço ou da condição de quem aprende", disse Ingrid. 

A gestora destacou ainda que o Brasil Alfabetizado é uma das estratégias mais potentes do pacto, contribuindo diretamente para a equidade e valorização da educação como direito humano fundamental. 

O diretor do Iapen, delegado Luiz Carlos Gomes Júnior, reforçou que a iniciativa representa um avanço significativo em uma proposta já em andamento desde 2023. 

Delegado Luiz Carlos Gomes Júnior, diretor do Iapen

Delegado Luiz Carlos Gomes Júnior, diretor do Iapen

Foto: Evandro Vilhena/Seed

"Desde que assumimos a gestão do sistema prisional, estabelecemos como meta a erradicação do analfabetismo. Hoje estamos colhendo frutos desse trabalho, 94% dos internos identificados como analfabetos já foram matriculados. A educação é a ferramenta essencial para a ressocialização e para a construção de uma sociedade mais justa", declarou o diretor. 

Segundo ele, o programa ampliou o alcance ao incluir detentos de regime fechado e semiaberto, funcionando em dois turnos, e elevando a qualidade e o impacto social das ações no sistema penitenciário. 

Um dos internos que agora retoma sua jornada nos estudos, KSM, afirmou que a alfabetização vai além de aprender a ler e escrever, representa uma nova chance de recomeçar. 

"Eu estudei só até a quarta série, e deixei passar muito tempo. Agora é hora de virar essa página. Esse projeto veio para dar uma brilhantada na nossa vida. Falo por mim e por todos os colegas. A gente só tem a agradecer por essa oportunidade que pode mudar o nosso futuro", contou eufórico e cheio de expectativas. 

Em mais uma iniciativa voltada à garantia de direitos, o Governo do Amapá reforça o compromisso com uma Educação de Jovens e Adultos inclusiva, territorializada e comprometida com a equidade. A alfabetização, nesse contexto, consolida-se como instrumento essencial para a reintegração social, promoção da dignidade e exercício pleno da cidadania por pessoas privadas de liberdade. 

Por Marcio Bezerra

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