Conta de luz fica mais cara em junho com retorno da bandeira vermelha
Aneel anuncia cobrança extra de R$ 6 a cada 100 kWh; medida rompe sequência de três anos com bandeira verde.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na última sexta-feira, 30 de maio, o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 para o mês de junho. Com a medida, a conta de luz terá um acréscimo de R$ 6,00 a cada 100 kWh consumidos, o que representa o fim de um período de estabilidade tarifária que durava desde abril de 2022, quando vigorava a bandeira verde.
Segundo a Aneel, o acionamento da bandeira vermelha foi motivado pela redução no nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, principal fonte de geração de energia do país. A previsão de chuvas abaixo da média e o aumento do consumo durante o outono e o inverno pressionaram o sistema elétrico, exigindo o uso de fontes mais caras de energia, como as termelétricas.
“A geração térmica tem custo mais elevado e impacta diretamente na conta de luz”, informou a Aneel em nota oficial.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar ao consumidor o custo real da geração de energia. Elas funcionam como um alerta:
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? Bandeira Verde: condições favoráveis, sem cobrança extra.
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? Bandeira Amarela: condições menos favoráveis, com cobrança adicional.
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? Bandeira Vermelha Patamar 1: custo mais alto de geração, acréscimo de R$ 6,00 a cada 100 kWh.
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? Patamar 2: em caso de agravamento, o custo é ainda maior.
A bandeira vermelha patamar 1 não era aplicada desde agosto de 2021.
O aumento deve afetar diretamente os orçamentos familiares e o setor produtivo, especialmente indústrias e comércios que consomem grandes volumes de energia. A Aneel orienta os consumidores a adotarem medidas de economia, como:
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Evitar banhos longos com chuveiro elétrico;
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Desligar aparelhos eletrônicos da tomada;
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Utilizar lâmpadas de LED e eletrodomésticos eficientes.