Adolescente de 15 anos mata o pai a facadas e marteladas no Amapá, diz PM
Testemunhas relataram a polícia que brigas entre os dois eram constantes e que o rapaz sofre de esquizofrenia.
Um adolescente de 15 anos matou o pai na manhã desta terça-feira (20) no bairro Brasil Novo, na Zona Norte de Macapá. A Polícia Militar (PM) informou que o idoso, identificado como Adalbérico Cruz de Oliveira, de 78 anos foi morto a facadas e marteladas. O rapaz foi apreendido.
Os dois moravam sozinhos em uma vila de kitnets e de acordo com o levantamento da polícia no local, vizinhos informaram que as brigas entre os dois eram constantes. Familiares que foram até a vila de kitnets após saberem da tragédia relataram que o suspeito tem esquizofrenia.
Segundo a equipe que atendeu a ocorrência, o adolescente trancou o imóvel e não queria se entregar e nem deixar os militares entrarem na casa. Após conversa os policiais conseguiram chegar até o corpo da vítima.
A Polícia Científica foi acionada, isolou o local para a perícia. A Polícia Civil assumiu a investigação.
Filha mata a mãe
No início de dezembro outro crime semelhante também chocou a população. Uma idosa de 69 anos morreu após ser queimada enquanto dormia. A principal suspeita do ataque é a filha dela, uma mulher de 34 anos, que tem transtornos mentais.
O homicídio vitimou Maria do Socorro de Oliveira Gomes, na casa onde ela morava no bairro do Zerão, na Zona Sul.
A mulher foi acusada pela prática do crime de homicídio qualificado e incêndio e na época foi mantida no hospital em função de estar impossibilitada de comparecer à audiência de custódia por causa do quadro clínico.
No entanto, a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DCCM) pediu a prisão preventiva e a autorização judicial para que a investigada passasse por exame pericial de sanidade mental a fim de confirmar a situação clínica dela.
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Esquizofrenia
“Esquizofrenia é uma doença que afeta o cérebro. É como se fosse um curto-circuito que faz com que o cérebro não funcione de forma adequada e a pessoa passa a ter comportamentos que demonstram que ela não está conectada à realidade assim como nós estamos. Isso se manifesta através de sintomas como delírios, que é achar que está sendo perseguido - não tem porque ela ter essa crença - e alucinações, que é ver e ouvir coisas que não estão presentes”, explica o psiquiatra Ary Gadelha, coordenador do ambulatório de esquizofrenia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Os sintomas da esquizofrenia podem ir de leves a graves a ponto de prejudicar muito a vida dos doentes e suas famílias, mas se diagnosticada e tratada logo de forma correta, com medicamentos e terapias, muitos doentes conseguem ter uma vida ativa e plena. Para isso é preciso superar também uma grande barreira: a do estigma, do preconceito.
Fonte: G1-AP