Polícia conclui investigação sobre a participação de três adolescentes em homicídio ocorrido na Zona Sul
A Polícia Civil do Amapá, por meio da Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais (DEIAI), concluiu auto de investigação de ato infracional que apurou a participação de três adolescentes na morte de um adolescente de 14 anos de idade, ocorrida em maio de 2020, em via pública, na Rua Hamilton Silva, no bairro Beirol, na zona sul de Macapá.
De acordo com o Delegado Marko Scaliso, a investigação iniciou na Delegacia de Homicídios até a descoberta do envolvimento direto de um casal de adolescentes, a jovem com 15 anos de idade e o seu ex-namorado com 16 anos de idade. Já sob a responsabilidade da DEIAI, a investigação foi aprofundada, descobrindo-se a participação de outro adolescente, a apenas quatro dias de completar 18 anos na época do fato.
“O enredo do caso revelou sofisticada e bem planejada ação que levou a vítima a uma festinha, com o objetivo de lhe tirar a vida. O adolescente mais velho é partícipe do ato infracional, pois passou uma mensagem para a vítima pedindo que fosse comprar cigarros. Nesse momento, o outro adolescente efetuou os disparos e matou o adolescente vítima, motivado por ciúmes, uma vez que ele havia iniciado um relacionamento com a sua ex-namorada. A ex-namorada do atirador, por sua vez, apagou informações de contas das redes sociais da vítimas após o crime e por isso também teve participação”, explicou o Delegado.
Além de solucionar o homicídio, a equipe de investigação também descobriu, após a quebra de sigilo dos dados telefônicos, a participação dos três adolescentes em organização criminosa.
“Foram meses de estudo e análise de 16.837 páginas de arquivos encontrados nos celulares. Ao final, descobrimos que o atirados coordenava uma célula criminosa de 65 pessoas e a adolescente coordenava outra célula de 80 integrantes femininas”, finalizou o Delegado.
O Delegado representou pela decretação da busca e apreensão, cumulada com custódia provisória, dos adolescentes que responderão por ato infracional análogo ao crime de homicídio, no entanto, o pleito não foi deferido. O procedimento policial foi encaminhado ao Ministério Publico para oferecimento da denúncia.