O governador Clécio Luís abriu nesta segunda-feira, 10, a participação do Amapá na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém (PA), chefiando uma comitiva de mais de 300 representantes do estado. Na cerimônia de abertura, o governador destacou o papel protagonista do Amapá na agenda ambiental global e defendeu um modelo de desenvolvimento sustentável e ético. “O Amapá chega grande na COP, com autoridade moral para falar sobre meio ambiente. Temos índices ambientais exemplares e queremos mostrar que é possível conciliar preservação com desenvolvimento”, afirmou Clécio.

ESTANDE DO AMAPÁ NA COP30; VEJA PROGRAMAÇÃO

Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 reúne líderes mundiais, pesquisadores, organizações e representantes da sociedade civil para discutir soluções frente à crise climática. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância simbólica e prática de sediar o evento no coração da floresta, lembrando que a Amazônia é lar de quase 50 milhões de pessoas que ainda enfrentam desafios sociais e econômicos. Já o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, destacou o papel essencial dos estados e municípios na implementação das decisões tomadas nas conferências.

A comitiva do Amapá é composta por indígenas, quilombolas, gestores públicos, cientistas, professores, estudantes e empreendedores da bioeconomia. O estado também é, ao lado do Pará, o único com estande próprio no evento, onde apresenta iniciativas e potenciais sustentáveis. Entre os projetos levados à COP, estão cinco eixos estratégicos: ciência e inovação sustentável, transição energética inclusiva, sociobioeconomia, justiça climática e gestão hídrica. Segundo Clécio Luís, o objetivo é captar investimentos para consolidar cadeias produtivas sustentáveis e gerar oportunidades econômicas alinhadas à proteção ambiental.

Com 73,5% do território sob proteção ambiental, o Amapá busca demonstrar que é possível unir conservação e progresso social. A presença do estado na COP30 é fruto da atuação integrada de órgãos como a Fapeap, Iepa, Sema, Setec, Seplan, Secult, Sejuv, Sepi e Agência Amapá, entre outros. A participação amapaense simboliza a inserção definitiva do estado nas discussões climáticas globais e reforça sua posição como referência em sustentabilidade na Amazônia.

Com informações/Fabiana Figueiredo

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