Amapá Digital | Sexta-Feira, 20 de junho de 2025.
Com o objetivo de discutir a gravidez precoce na adolescência, o Ministério Público do Amapá (MP-AP) participou da audiência pública, na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), com a presença de estudantes da rede pública e de representantes das áreas da saúde dos Poderes Executivo municipal e estadual, além de vereadores e médicos. O evento aconteceu na segunda-feira (26).
A audiência pública, proposta pela deputada estadual Edna Auzier, buscou fortalecer políticas de prevenção, acolhimento e cuidado integral para adolescentes, além de discutir a crescente incidência de gravidez precoce entre adolescentes no Amapá e suas consequências para a saúde mental e física dessas jovens.
A jovem Kerenlin Viana, do Instituto Lidera Amapá, no seu momento de fala, leu uma carta, escrita por meninas, explanando a importância da participação da sociedade civil na construção de políticas públicas eficazes e inclusivas para adolescentes, especialmente àquelas em situação de vulnerabilidade social: "É fundamental ouvir as meninas e mulheres que estão na 'ponta', ou seja, excluídas, para construir políticas públicas que façam sentido", destacou a ativista pela educação e juventude.
Neuza Rodrigues, promotora de justiça da Infância de Macapá, alertou que a adolescente que engravida muitas vezes é abandonada pela família, negligenciada pelo serviço de saúde e sofre discriminação na própria escola que frequenta: "Criança ou adolescente que está grávida precisa de acolhimento e não de ser apontada como erro na sociedade", afirmou.
"A união de esforços entre as instituições públicas da saúde, educação e de outras secretarias municipais e estaduais é crucial para que possamos promover o direito de uma saúde efetiva e prevenir a mortalidade infantil, violência obstétrica e suicídio", ressaltou o promotor de Defesa da Saúde, Wueber Penafort.
Por Mônica Nascos
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