Emergência

Em menos de três meses, Pronto Atendimento Infantil de Macapá recebe mais de 5,3 mil pacientes


Unidade destinada a casos de alta complexidade, enfrenta alta demanda com 60% das crianças com sintomas que podem ser tratados em UBSs e UPAs.


Enfrentando a alta demanda neste início de ano de pacientes com doenças comuns de inverno, o Pronto Atendimento Infantil (PAI), do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), em Macapá, adotou medidas para melhorar o acolhimento após registrar entre 1º de janeiro e 16 de março de 2025, um total de 5.348 atendimentos.

Vera Leal, gerente geral do Pronto Atendimento Infantil (PAI), em Macapá

Vera Leal, gerente geral do Pronto Atendimento Infantil (PAI), em Macapá

Foto: Divulgação/Sesa

De acordo com o relatório do hospital, 60% dos pacientes que procuram o PAI são de baixa complexidade e poderiam ser recebidos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

"Mesmo com demandas não urgentes, buscamos acolher todos os pacientes. Mas é importante frisar que essa sobrecarga impacta diretamente na agilidade do serviço. Na triagem existe a classificação e os casos de menor gravidade acabam esperando mais tempo", explicou Vera Leal, gerente geral do PAI.

A unidade utiliza o Protocolo de Manchester, um sistema composto por cinco níveis de urgência que determinam o grau de necessidade e prioridade de atendimento, caracterizado por cores e tempo até a consulta de cada paciente.

Casos de crianças com sintomas pouco urgente, destinados à UBS, são maioria entre os atendimentos do PAI, em Macapá

Casos de crianças com sintomas pouco urgente, destinados à UBS, são maioria entre os atendimentos do PAI, em Macapá

Foto: Gabriel Maciel/Sesa

Do total de casos nesses quase três meses do ano, 3.383 são considerados apenas de baixa complexidade, representados pelas cores azul e verde. Veja como foi classificado os atendimentos neste período:

Foto:

? Emergência: 11 casos
? Muito urgente: 204 casos
? Urgente: 1.750 casos
? Pouco urgente: 3.260 casos
? Não urgente: 123 casos

A diretora do HCA/PAI, Cleude Rodrigues, reforça que o crescimento na demanda de pacientes é impulsionado pelo período de transição das estações, que contribui para o aumento de doenças respiratórias e outras enfermidades sazonais em crianças, como os casos de diarreia.

Cleude Rodrigues, diretora do HCA/PAI

Cleude Rodrigues, diretora do HCA/PAI

Foto: Divulgação/Sesa

“A Unidade é um Pronto Atendimento de porta aberta direcionado para urgências e emergências, quando a criança precisa de acompanhamento imediato ou há risco de morte, respectivamente. Mas hoje estamos recebendo aquelas que não têm perfil de média e alta complexidade. Por isso, para garantir o atendimento a todos, organizamos o fluxo do PAI”, explicou Cleude.

Para atender a alta demanda, foram adotadas estratégias que inclui a desospitalização, que é a alta antecipada da criança com quadros como pneumonia leve, que pode ser tratada em casa com acompanhamento de uma UBS e parcerias com hospitais conveniados como o São Camilo e Marco Zero, para onde os pacientes podem ser transferidos em caso de necessidade de leitos durante o período crítico de atendimentos.

Além disso, o PAI está funcionando com plantão contínuo 24 horas por dia, todos os dias da semana, com a organização das equipes por setores, o que agiliza e garante o melhor atendimento.

Saiba quando procurar o PAI:

  • Convulsões pela primeira vez ou que durem mais de quatro minutos;
  • Chiado, cansaço ou tosse seca persistente;
  • Febre acima de 39°C por mais de três dias ou acompanhada de outros sintomas;
  • Irritabilidade e choro incessante;
  • Baixa produção de urina.

Por Karla Marques

PAI está funcionando com plantão contínuo 24 horas por dia, todos os dias da semana

PAI está funcionando com plantão contínuo 24 horas por dia, todos os dias da semana

Foto: Gabriel Maciel/Sesa

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