Amapá Digital | Sábado, 20 de dezembro de 2025.
O Centro de Referência em Atendimento à Mulher realiza, duas vezes por mês, atividades terapêuticas com foco na saúde mental.
Um trabalho terapêutico, baseado em atividades reflexivas em grupo com mulheres que sofreram violência doméstica, é ofertado pelo Governo do Amapá, duas vezes por mês, às acolhidas do Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram), em Oiapoque.
Acompanhadas por uma psicóloga, o intuito do momento é participar de discussões que possam propiciar reflexão sobre novas formas de enfrentamento das situações de violência, gerando aprendizagem para desenvolver mudanças na realidade social. O grupo terapêutico ensina novas formas de agir e pensar por meio da interação entre suas participantes.
No encontro mais recente da ação, o tema abordado foi o amor próprio
Foto: Cram/Oiapoque
Para a psicóloga do Cram Oiapoque, Ledyanne Sena Sousa, as mulheres aprendem sobre seus direitos, deixando de se submeter às agressões físicas e psicológicas.
“Cada encontro tem um tema, e no mais recente trabalhamos o amor próprio, promovendo momentos de relaxamento, estreitando laços, sempre com foco na saúde mental. O grupo terapêutico é um espaço de troca, onde é possível motivar o bem-estar e a valorização por meio da autoaceitação e do autocuidado, respeitando a singularidade de cada uma”, declarou Ledyanne.
Psicóloga do Cram, Ledyanne Sena Sousa
As atividades promovem socialização, reflexão crítica, desenvolvimento cognitivo e autoconhecimento. A coordenadora do Cram no Oiapoque, Nátane Oliveira, disse que a psicoterapia ajuda as mulheres vítimas de violência doméstica a partilhar experiências, reflexões e sentimentos.
Coordenadora do Cram no Oiapoque, Nátane Oliveira
“É uma ferramenta de cuidado em saúde mental muito importante para o desenvolvimento pessoal e social das mulheres em situação de vulnerabilidade. Com as trocas de experiências, a terapia em grupo incentiva a mulher a ser autora da própria mudança, por meio da autonomia. As interações acontecem de forma natural à medida que cada uma traz sua vivência para a roda e ouve os relatos das outras “, frisou a coordenadora.
O Cram disponibiliza atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamentos jurídicos necessários à superação dos traumas, contribuindo para o fortalecimento da mulher. As unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Confira os endereços em cada município:
Por Ana Anspach
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