Amapá Digital | Domingo, 22 de junho de 2025.
Festividade que resgata ancestralidade no Curiaú, em Macapá, celebra a cultura quilombola e negra até o domingo, 29.
A 2ª edição do festival Quilombo Groove – Preces, Louvores e Batuques, apoiado pelo Governo do Estado, reúne ancestralidade, tradição e música negra no Curiaú, em Macapá. Nesta quinta-feira, 26, a programação musical iniciou com as apresentações de artistas nacionais e do Amapá. O evento encerra no domingo, 29.
Pela tarde, a comunidade pôde participar de atividades formativas na Maloca da Tia Chiquinha com oficinas de batuque, marabaixo, feira quilombola e emergir nos ritmos sonoros da cultura quilombola com a participação dos artistas Sérgio Pererê e Maurício Tizumba, de Belo Horizonte (MG).
Comunidade pôde participar de atividades formativas na Maloca da Tia Chiquinha - Foto: Aog Rocha/GEA
O público participou das aulas ministradas pelos Mestres Pedro Bolão e Adelson Preto, que demonstraram os percursos sonoros geográficos acerca do batuque e marabaixo. O Quilombo Groove é realizado pela Companhia Ói Nóiz Akí, em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo (Setur).
Mestre Pedro Bolão - Foto: Aog Rocha/GEA
“É muito gratificante para a gente poder mostrar um pouco da nossa cultura, porque o nosso objetivo é manter a nossa tradição, repassar adiante o batuque e o marabaixo. Estamos executando esse projeto pela segunda vez aqui em Macapá e, em novembro, vamos sair para fazer em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília”, celebrou o Mestre Pedro Bolão, que possui o título de comendador da cultura amapaense.
A programação musical conta com a apresentação de Irlan Paixão, que comandará a abertura dos shows. Às 19h, a dupla Zion e Caçula, do Bem de Rua, lideram com rap amapaense. Os mineiros Sérgio Pererê e Maurício Tizumba se apresentam às 20h e, às 21h, haverá o Batuque e Marabaixo do Pedrão. Já a Banda Negro de Nós encerra a primeira noite às 22h.
O propósito do festival é fomentar e fortalecer a cultura quilombola amapaense, preservar a história e conectar raízes por meio de contatos externos com artistas da música negra, junto aos artistas locais que transbordam a diversidade cultural amapaense.
“Essa identificação é fundamental e importantíssima para que a gente possa chegar em outros lugares e encontrar quilombos como esses aqui. A gente vê que nos conectamos. É importante que os negros continuem mostrando sua cultura, sua arte, resistindo e existindo ao mesmo tempo, porque assim nos fortalecemos”, pontuou o cantor Maurício Tizumba.
Sérgio Pererê e Maurício Tizumba são atrações nacionais do Quilombo Groove - Foto: Aog Rocha/GEA
Confira a programação:
Sexta-feira, 27
Sábado, 28
Domingo, 29
Por Bianck Bastos
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