Amapá Digital | Quinta-Feira, 26 de junho de 2025.
O Brasil tem avançado na proteção dos direitos da comunidade LGBTQIA +. Exemplos como a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a criminalização da homofobia e transfobia mostram o quanto a Legislação pode andar em conformidade com a realidade. Porém, apesar das conquistas, desafios como discriminação e violência continuam a afetar a comunidade.
Muitas pessoas têm dúvidas em relação ao significado da sigla. Cada letra define um grupo. Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros, Queer, Intersexuais, Assexuais. Enquanto o símbolo + inclui outras identidades não especificadas. O objetivo dessa nomenclatura é reconhecer a diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero.
Através da Constituição Federal (1988) é garantido os direitos fundamentais e humanos, ainda que não mencione diretamente a comunidade LGBTQIA +. Já o Código Penal (Lei nº 7.716/1989) inclui a homofobia e transfobia como formas de discriminação racial.
Na Resolução nº 175/2013 do CNJ é proibida a recusa de casamento civil entre pessoas do mesmo gênero. Pela ADI nº 4275/2018 se tornou permitida a alteração de nome e gênero no registro civil sem cirurgia. A Portaria nº 2.836/2011 estabelece a Política Nacional de Saúde Integral LGBT. E por fim, o Decreto nº 8.727/2016 regulamenta o uso do nome social para travestis e transexuais.
Resumindo, esses são alguns dos direitos que a comunidade LGBTQIA + conseguiu no Brasil, ao longo do tempo:
Através da Política Nacional de Saúde Integral LGBT o acesso a serviços de saúde é garantido, sem discriminação. Neste caso, o tratamento para HIV/AIDS e técnicas de reprodução assistida podem ser incluídas.
Além disso, o acesso ao Nome Social gera respeito durante o atendimento em instituições de saúde. E em relação a Saúde Mental é garantido o acesso a suporte psicológico e psiquiátrico especializado.
Durante esse processo de democratização dos direitos das comunidades LGBTQIA +, o sistema educacional passou a ser importante para todos. Ambientes Seguros é um ponto de destaque. Escolas devem prevenir e combater discriminação, garantindo respeito. Os estudantes têm o direito de ser chamados pelo nome social nas instituições. Além disso, foi implementada a inclusão de temas sobre diversidade de gênero e orientação sexual nos currículos escolares.
O Brasil se alinha com outros países para estabelecer esses pontos citados. A Declaração Universal dos Direitos Humanos e outras convenções internacionais, por exemplo, asseguram a proteção e promoção dos direitos LGBTQIA +.
Todavia, em alguns países, como Arábia Saudita e Nigéria, a homossexualidade ainda é severamente penalizada, devido interpretações políticas e/ou religiosas.
A homossexualidade foi descriminalizada no Brasil em 1830. Apesar disso, a violência e discriminação persistem. Porém, a conscientização ao respeito à diversidade foi crescendo nos últimos anos. Um exemplo é que em 2019, o STF equiparou a homofobia e transfobia ao crime de racismo.
Em caso de ser vítima de casos tidos como preconceituosos, é necessário a reunião de provas. Dessa forma, coletar evidências do preconceito sofrido é importante. Logo em seguida, faça um Boletim de Ocorrência, registrando o caso na delegacia.
Além disso, a pessoa pode fazer uma denúncia ao Ministério Público e procurar Assistência Jurídica, na Defensoria Pública se necessário.
Embora o Brasil tenha avançado significativamente na proteção dos direitos da comunidade LGBTQIA +, a luta contra a discriminação e a violência continuam. Por isso, conhecer e defender o que é assegurado nas leis e políticas públicas, é essencial para promover a inclusão e justiça social.
Autor: Dr. João Valença
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