Em Macapá

Luau em homenagem aos 80 anos da Samaumeira encerra com sucesso



A 2ª edição do Luau da Samaúma superou as expectativas de público, diversão e negócios, nesta sexta-feira, 1° de dezembro, no Araxá. Shows, exposições, venda de produtos da economia criativa e livros, Praça de Alimentação, cortejo com artistas, declamação de poesia, fizeram parte da programação que festejou os 80 anos da samaumeira que fica em frente ao prédio da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ). O público celebrou a existência e a resistência da árvore com parabéns e acender de luzes. O evento é uma realização do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Governo do Estado (GEA) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP). Empreendedorismo, cultura, literatura, artes plásticas, economia criativa e música regional são fomentados durante a programação.  

 

80 anos da samaumeira do MP-AP

O público acompanhou o parabéns cantado para a samaumeira, que ganhou iluminação especial, também inaugurada. Ela é uma das últimas que restou de um conjunto da espécie que existia no Araxá. Em 2005, o MP-AP adquiriu o terreno e preservou a árvore, que se tornou símbolo da instituição.

A espécie faz jus aos títulos de Rainha da Amazônia e Árvore da Vida: sua copa é abrigo de pássaros e insetos; a água absorvida por suas raízes hidratam outras plantas; de suas sementes são extraídos óleos para uso alimentar e estético; a seiva e a casca são medicinais; a paina que envolve os frutos é usada como alternativa ao algodão e para encher almofadas.   

 

Para todas as gerações

Na Tenda Literária, poesia e muitos livros. A criançada se divertiu com Angelita, que encantou a todos com as aventuras de “A Menina de Cabelos Brancos”. Uma homenagem à samaumeira, para despertar a consciência sobre a vida e finitude, com base em experiências da autora e também da contadora de histórias, Ângela Carvalho. “Minha neta Lauê está se divertindo bastante, essa programação está bastante variada e educativa”, disse Jaciléia Vilhena. 

A oficina Mini Chefe, realizada pelo Sebtrae, fez as crianças despertarem para a culinária gourmet, e elas aprenderam a confeccionar bolo de pote, com a orientação da instrutora Cibele Iglesias e a equipe de colaboradores. A oficina é uma das atrações mais concorridas, chamando atenção de filhos e pais. A dona Raimunda Trindade, que mora no bairro Araxá levou a filha Vitória Eduarda de 10 anos para a Oficina Mini Chefe. “Na outra edição eu tentei muito que ela entrasse na oficina, mas não conseguimos. Hoje viemos cedo,mas garantimos uma vaga. Ela está muito satisfeita”.

 

Negócios incentivados

Os empreendedores dos ramos de gastronomia e economia criativa tiveram espaço privilegiado no Luau da Samaúma. Nesta edição, o número de expositores foi ampliado para 37 empreendedores, divididos na Praça de Alimentação, na Exposição Criativa, e Exposição Gastronômica. 

Josivan Bracho, que representa a empresa de especiarias Raízes da Amazônia, expõe pela segunda vez no espaço da Economia Criativa. Ele contou que os produtos da bioeconomia ganham bastante visibilidade no Luau da Samaúma. “Produzimos de cachaça até geléia, feitos com produtos da floresta, e confesso que neste ano onde mais vendemos foi aqui. É uma vitrine importante”. A artesã Flávia Luz, que faz artesanato com madeira e com vidro reciclável, disse que a aceitação é excelente no Luau. “As expectativas sempre se superam a cada edição”.    

Alimentos gourmet, bebidas, artesanato, chocolates, artes plásticas, papelaria e muitos outros produtos foram comercializados ao redor da samaumeira, um corredor no qual o talento, a criatividade e a inovação são apresentados com charme e estilo por seus criadores, e a preços acessíveis. Na Praça de Alimentação, empreendimentos tradicionais e  inovadores trouxeram o melhor da culinária. Os empreendedores informais também se tornaram uma opção para quem preferiu um churrasquinho ou petiscos.  

A indígena Zuleica Santos, da etnia Galibi-Marworno, moradora da aldeia Kumarumã, em Oiapoque, trouxe as bijuterias produzidas por sua família - com sementes, miçangas e penas - para vender no Luau da Samaúma. “É a primeira que exponho aqui nossos produtos, mas estou admirada com a procura”. Elielson Souza, empreendedor informal, conseguiu um lugar pra vender batata e macaxeira frita. “É a segunda vez que vendo no Luau, na primeira vendi 90% do que trouxe. 

 

Brega, samba, instrumental e MPA

Os artistas não deixaram ninguém ficar parado. O cortejo abriu as atrações no palco e colocou a  criançada para dançar. O cantor Zé Miguel fez todos cantarem suas composições amazônicas. O grupo Entre Amigos apresentou uma sequência de samba e pagode que agradou todas as gerações. Para fechar, o bregueiro Mauro Cotta emocionou e fez todo mundo dançar e cantar suas românticas canções.   

Toda esta festa foi garantida com segurança e organização. O efetivo do Gabinete Militar do MP-AP, como 22 policiais militares e um bombeiro, equipes da Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac), Batalhão de Trânsito (BPTran), Corpo de Bombeiros, Serviço de Policiamento ostensivo e motorizado, mais ambulância ficaram na retaguarda. Nenhuma ocorrência foi registrada durante o evento. 

A professora aposentada, Luzia Amanajás, 77 anos, levou a nora e a neta para aproveitar o Luau, e disse que não sabia que era tão bonito e divertido. “Faz tempo eu não vinha em um evento em praça pública com esta paz, sem sentir medo. Estão todos de parabéns. Com certeza ano que vem voltarei com minha família”.
  
Para o procurador-geral Paulo Celso Ramos, o retorno do Luau da Samaúma foi em grande estilo e para agradar a todos. “A programação foi para todos: famílias, crianças, jovens, e para todos os gostos musicais, além disso, os produtos são bem aceitos. O povo vem porque é um evento saudável e seguro. Ano que vem voltaremos novamente com este entretenimento e muitas novidades”.

 

Por Mariléia Maciel

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