Literatura

Descubra "os enigmas de Dazonino" na obra de Emanuel Reis



Em seu intrigante romance "Terras Caídas", o escritor amapaense Emanuel Reis leva os leitores a explorar os mistérios que envolvem Dazonino, uma pequena cidade abalada por acontecimentos misteriosos. No trecho a seguir, acompanhamos o detetive Dante Barone, que se vê diante de circunstâncias incomuns e lembranças de sua juventude. A trama se desenrola em torno do desaparecimento do padre Anselmo Coutinho, enquanto segredos e questionamentos sobre fé e relacionamentos se entrelaçam na história. Este é apenas um dos enigmas que permeiam a narrativa de Reis, que nos convida a desvendar os segredos que assombram Dazonino.

 

Trecho 1:

O detetive deixou escapar um leve grunhido. Até então, sempre que possível, procurou ter o controle de seu livre arbítrio. Às vezes, as coisas saíam do planejado, mas, com o jeitinho tipicamente brasileiro, conseguia retomar o controle da situação. No entanto, desta vez, sentia-se à mercê de circunstâncias incomuns, como um náufrago à deriva em um bote inflável em meio a uma tempestade furiosa, com a vida sendo virada de cabeça para baixo. Ao ver Alcina agachada ao lado do corpo do irmão, teve um palpite terrível de que o homem estendido no chão, com um tiro no peito, queria que ele permanecesse em Dazonino para sempre.

 

Trecho 2:

Girão Amaral entendia perfeitamente onde seu líder espiritual queria chegar. Adjares enxergara além da batina. Não era pelo fato de Anselmo Coutinho comandar a paróquia de Dazonino. Se assim o desejasse, poderia formalizar a desvinculação da Igreja Católica junto ao Tribunal Diocesano, assinar a carta de desligamento e obter o certificado de dispensa emitido pelo Papa. Liberto de suas obrigações sacerdotais, estaria desimpedido para casar-se com Nair, por exemplo, e ter uma vida comum. No fundo, sabia que aquele sujeito jamais tomaria essa decisão.

 

Trecho 3:

O chefe de polícia Jonas Brandão estava em pé, com a cabeça baixa, de braços cruzados às proximidades de um vaso de vidro com arbusto decorativo, posicionado à esquerda do balcão de recepção do Hotel Carumbé. Esperava por Dante Barone. Tinha a fisionomia carrancuda, resultado de preocupações acumuladas nas últimas semanas por conta dos recentes acontecimentos misteriosos que vinham abalando a sociedade dazoninoense, ecoando, inclusive, na alta cúpula da empresa multinacional de mineração. O sumiço do padre Anselmo Coutinho era um deles.

 

A fastástica obra do escritor e jornalista amapaense Emanuel Reis está disponível na Amazon.

Veja alguns trabalhos

 



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