Amapá Digital | Segunda-Feira, 29 de dezembro de 2025.
“Só porque a pessoa vive uma realidade financeira mais difícil, ela não pode ter acesso a algo de qualidade?”, questionou Ana Paula Oliveira ao se manifestar nas redes sociais.
A influenciadora e apresentadora Ana Paula Oliveira, de 50 anos, usou suas redes sociais para fazer um desabafo após receber críticas pela ação de Natal que realizou em Canoas, no Rio Grande do Sul, cidade onde vive. A iniciativa envolveu a doação de cestas natalinas a famílias da comunidade e passou a ser questionada por incluir, além de itens tradicionais, produtos considerados de luxo, como caviar.Segundo Ana Paula, as críticas não vieram pela doação em si, mas pelo conteúdo da cesta. Em sua manifestação, ela afirmou ter se incomodado com a ideia de que exista um limite simbólico sobre o que determinadas pessoas podem ou não receber. “Em que momento a gente decidiu que alguém, por estar em uma situação financeira mais difícil, não merece experimentar algo diferente? Quem cria essa regra?”, afirmou.A influenciadora disse que a ação foi pensada como uma ceia de Natal, e não apenas como uma entrega de alimentos básicos. “Natal é celebração. É uma data em que as pessoas se reúnem para comer algo especial. Por que isso deveria ser diferente só porque a pessoa é mais pobre?”, questionou, ao explicar sua escolha.No desabafo, Ana Paula afirmou que o debate expõe uma visão restritiva sobre dignidade. “Parece que existe uma linha invisível dizendo até onde o outro pode ir, o que pode comer, o que pode viver. Como se a dificuldade financeira anulasse o direito a uma experiência melhor, nem que seja uma vez no ano”, disse.Ela também ressaltou que a iniciativa não pretende servir como modelo ou regra para ações sociais. “Não estou dizendo que todo mundo tem que fazer igual. Foi a forma que eu escolhi de ajudar, de acordo com os meus valores e com a realidade da comunidade onde vivo”, afirmou.Ao final, Ana Paula disse que continuará se posicionando e realizando ações sociais da maneira que considera coerente. “Eu prefiro errar tentando fazer algo com cuidado do que me omitir. Ajudar não deveria causar revolta. Deveria fazer a gente refletir sobre por que o desconforto aparece”, concluiu.
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