Amapá Digital | Terça-Feira, 19 de agosto de 2025.
Sylvia Anjos reforça que a estatal tem histórico de segurança na região e aguarda sinal verde para testes do maior plano de emergência da indústria em águas profundas.
A Petrobras vive uma verdadeira corrida contra o tempo para iniciar a exploração do primeiro poço na Margem Equatorial, na costa norte do Brasil. A afirmação é da diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia Anjos, que classificou o processo de licenciamento como uma “luta diária”. A expectativa da empresa é realizar ainda neste mês os testes de confiabilidade do seu plano de emergência, considerado o maior do mundo na indústria de petróleo em águas profundas.
Durante o evento 1º Mac Laren One-Stop-Shop Day, realizado em parceria com a FGV Energia, Sylvia destacou a importância da operação na região e o comprometimento da Petrobras com a segurança ambiental.
“Nossa batalha é diária até conseguirmos furar o primeiro poço na Margem Equatorial. Quero deixar uma mensagem importante para a sociedade: temos um histórico de perfurações no Estado do Amapá sem nenhum acidente”, afirmou a executiva.
Segundo ela, o poço está localizado a cerca de 500 km da Foz do Rio Amazonas e, por conta das correntes paralelas à costa, os riscos a áreas sensíveis como os manguezais são minimizados. A companhia aguarda para a semana de 24 de agosto uma possível “janela de realização” para os testes de confiabilidade do plano de emergência submetido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A Petrobras tem reforçado que já entregou ao Ibama um plano de emergência individual robusto — o maior já apresentado pela indústria global de petróleo para operações em águas profundas.
Além da preocupação ambiental, a estatal vê o avanço da Margem Equatorial como estratégico para manter a competitividade do setor no Brasil. A área é considerada uma das grandes apostas da empresa para o futuro da produção de petróleo no país.
Sylvia também chamou atenção para a importância da indústria naval nacional no atual momento da exploração de petróleo. Com mais de 50 novos poços previstos para o plano estratégico 2025–2029 e três descobertas já realizadas este ano, a executiva afirma que é essencial evitar a ociosidade dos estaleiros brasileiros.
“Isso mostra que temos vigor para novas plataformas e que há um mar potencial de oportunidades onde a parceria com a indústria naval é absolutamente necessária”, disse.
Durante o evento, foi lançado o Núcleo Naval, baseado no conceito “One-Stop-Shop”, que reúne, em um único local, serviços integrados de construção e reparo naval. Participaram do encontro representantes da Marinha do Brasil, Sinaval, Petrobras, Transpetro e demais entidades do setor.
Com informações/CNN Brasil
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