Amapá Digital | Quarta-Feira, 17 de dezembro de 2025.
No elenco de "Torto Arado", atriz reforça representatividade indígena no teatro.
Após temporada de sucesso no Rio de Janeiro, a multiartista de origem indígena Dandara Queiroz estreia nos teatros paulistas vivendo Maria Cabocla no disputado musical 'Torto Arado'. Com ingressos esgotados desde a sessão de estreia, a produção baseada no best-seller do premiado escritor Itamar Vieira Junior estreou no Sesc Pinheiros, onde ficará em cartaz de quinta a sábado até o dia 6 de julho.
"Maria Cabocla é uma mulher indígena que saiu da comunidade após se casar, ainda muito nova, em busca de melhores qualidades de vida com seu marido. Ela tem uma realidade muito árdua: são 6 filhos, um casamento abusivo repleto de assédios, abusos e opressões", afirma. "Logo, ela conhece uma mulher com quem vive um misto de compaixão e encanto, e daí nasce uma paixão", revela.
Entre os destaques do prestigiado elenco, Dandara Queiroz vem emplacando em seguidas obras: aposta da Rede Globo, brilhou como Benvinda na novela 'No Rancho Fundo'. Pouco antes, protagonizou 'Falas da Terra - Histórias Impossíveis', em episódio que homenageou os povos originários. Agora, está a todo vapor com a estreia no teatro e o lançamento de novo programa no Globoplay e canal Futura, 'Planeta Menos 1 Lixo', onde explora consumo e descarte com o objetivo de educar e inspirar para uma consciência ambiental proativa.
Antes do sucesso como atriz, Dandara já havia despontado como modelo: detém título de recordista de desfiles na São Paulo Fashion Week de 2022, passagens pelo mercado internacional, capas para Vogue e Elle, e trabalhos para grifes renomadas como Lancôme - estrelando campanha mundial junto à prestigiada atriz Zendaya.
Criada em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, a jovem de 27 anos engaja-se no ativismo trabalhando coletivamente com lideranças originárias para inclusão e representação, honrando origem e ancestralidade. Nas redes sociais, Dandara compartilha trabalhos, lutas e raízes, além de artes como as pinturas corporais indígenas, usando de jenipapo a urucum. A jovem também produz acessórios como amuletos de proteção.
"É extremamente necessário dar visibilidade à cultura indígena, à identidade de toda comunidade. Procuro fazer isso através das pinturas, da atuação, da música, da moda, do artesanato...através de todo espaço que eu ocupar", finaliza.
Por Thiago Bunduky
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