Amapá Digital | Domingo, 22 de junho de 2025.
Pesquisa global Michael Page mostra que 6 em cada 10 trocariam de emprego; no Brasil, índice supera a média da América Latina.
As empresas que pretendem que seus funcionários ampliem os dias trabalhados no modelo presencial correm o risco de perdê-los em breve. É o que aponta o estudo global Talent Trends, da Michael Page, uma das maiores consultorias especializadas em recrutamento de executivos. De acordo com a pesquisa, 60% dos profissionais brasileiros procurariam um novo emprego se fossem obrigados a aumentar a presença no escritório. Os indicadores do Brasil superam as médias global e da América Latina (58%) e de países como México (53%), Peru (54%) e Panamá (50%). Estão abaixo da média da Argentina (67%), Chile e Colômbia, ambos com 61%.
“Aceitar uma promoção já não é, necessariamente, sinônimo de avanço na carreira. Quando os profissionais percebem que o novo cargo pode comprometer sua saúde mental ou sua rotina pessoal, o bem-estar prevalece. Essa mudança de mentalidade exige que as empresas revisem o conceito de progresso profissional e construam planos de carreira que considerem múltiplas formas de sucesso. Quem entender isso mais rápido, sairá na frente na corrida por talentos”, afirma Lucas Toledo, diretor executivo da Michael Page.
Os dados fazem parte da pesquisa global Talent Trends 2025, um dos estudos mais abrangentes sobre profissionais e o mercado de trabalho, realizado em novembro e dezembro de 2024, em 36 países. Ele conta com a participação de aproximadamente 50 mil profissionais em todo o mundo, que atuam em empresas de diferentes segmentos e portes. O objetivo desse levantamento é alinhar as diferentes expectativas de profissionais (salários competitivos, flexibilidade e aspectos da cultura organizacional) e empresas (que sofrem pressões externas de um mercado de trabalho dinâmico).
Descompasso nas percepções de produtividade
Quando questionados sobre qual ambiente se sentem mais produtivos, 41% dos funcionários informaram que rendem melhor trabalhando em casa, mas apenas 19% das empresas concordaram com essa afirmação. Já os que preferem realizar suas atividades no escritório somaram 21% e os que acreditam ser igualmente produtivos tanto na empresa como no seu lar, 38%.
“As visões antagônicas de funcionários e empresas sobre a eficácia do trabalho híbrido podem colocar em risco pilares fundamentais como confiança, transparência e parceria. Para as empresas que adotam o modelo híbrido, encontrar um consenso sobre o que significa produtividade no trabalho remoto pode ser a chave para reduzir essa lacuna de confiança. Produtividade não se resume apenas a entregas. O que é mais produtivo: uma conversa informal durante a pausa para o café ou um dia inteiro de reuniões virtuais? O que distrai mais: um escritório movimentado ou as constantes interrupções de entregadores em casa? A resposta varia de pessoa para pessoa, de função para função”, diz Toledo, da Michael Page.
Maioria dos funcionários não abrem mão da qualidade de vida
O levantamento também revelou que a maioria dos profissionais brasileiros recusariam promoção no trabalho para preservar o bem-estar. De acordo com a pesquisa, 60% dos respondentes não topariam um novo cargo ou desafio para colocar a qualidade de vida em risco. Os indicadores do Brasil superam as médias global (48%) e da América Latina (43%)
“Equilíbrio entre vida pessoal e profissional deixou de ser um diferencial para tornar-se uma expectativa básica. Quando os profissionais percebem que o novo cargo pode comprometer sua saúde mental ou sua rotina pessoal, o bem-estar prevalece. Essa mudança de mentalidade exige que as empresas revisem o conceito de progresso profissional e construam planos de carreira que considerem múltiplas formas de sucesso. Especialmente em setores onde profissionais qualificados seguem em alta demanda, o poder de escolha está nas mãos deles.”, conclui Toledo.
Sobre a Michael Page
A Michael Page, parte do PageGroup, é a escolha ideal para empresas em busca de contratação de executivos de alta e média gerência. Com uma expertise sólida nesse segmento, a empresa oferece soluções abrangentes e personalizadas para atender às necessidades específicas de cada cliente. Por meio de uma abordagem consultiva e especializada, a Michael Page identifica os profissionais mais qualificados e compatíveis com as demandas das posições de liderança. Com um amplo networking e uma equipe de consultores experientes, a empresa está preparada para auxiliar nas contratações estratégicas que impulsionarão o crescimento e sucesso das organizações.
Com uma gama soluções para Recursos Humanos, o PageGroup é um grupo inglês listado na bolsa de valores de Londres e está presente em 37 países. Atualmente, seus mais de 9 mil colaboradores atuam em diferentes culturas e mercados, o que contribui para seu conhecimento em 3 esferas: global, regional e local. Os consultores, distribuídos por todo o país em nossos cinco escritórios (São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife), já foram responsáveis pela contratação de mais de 40 mil profissionais no Brasil desde 2001.
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