ACESSIBILIDADE

Governo do Amapá capacita 120 profissionais do SUS em Libras para fortalecer atendimento inclusivo


O curso tem como objetivo ampliar a acessibilidade comunicacional e qualificar o atendimento à população surda na rede estadual de saúde.


O Governo do Amapá iniciou, nesta segunda-feira, 24, o Curso em Libras para Profissionais do SUS, que seguirá até 5 de dezembro em Macapá. A iniciativa reforça o compromisso do Estado em oferecer um atendimento mais humanizado e acessível, ampliando a comunicação inclusiva entre equipes de saúde e a população surda.

Sob coordenação da Escola de Saúde Pública do Amapá (ESPAP), por meio da Central de Tradutores e Intérpretes de Libras na Saúde (Cilsaúde), o curso será ministrado em duas turmas: manhã (8h às 12h) e tarde (13h30 às 17h30), cada uma com 60 participantes, totalizando 120 profissionais capacitados. As aulas acontecem na Faculdade Estácio Seama, no Bairro Jesus de Nazaré, e somam 40 horas-aula.

O objetivo da formação é aprimorar a habilidade dos trabalhadores do SUS em utilizar a Língua Brasileira de Sinais (Libras), garantindo mais autonomia, acolhimento e segurança no atendimento às pessoas surdas. A ação integra as estratégias da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para fortalecer a acessibilidade comunicacional e ampliar as práticas inclusivas na rede pública.

Para Wesley Ribeiro, coordenador da Cilsaúde, a capacitação é essencial para democratizar o acesso aos serviços de saúde.

“Um dos objetivos da Central é ampliar o uso da Libras no atendimento. Capacitar esses profissionais significa garantir que um paciente surdo seja compreendido, acolhido e atendido com respeito e segurança. Quando o trabalhador da saúde domina a Libras, ele rompe barreiras que antes limitavam o diálogo e, muitas vezes, comprometiam a qualidade do atendimento. Nosso compromisso é fazer com que a comunicação inclusiva faça parte da rotina das unidades, para que nenhuma pessoa surda precise enfrentar obstáculos para ser atendida”, destacou.

Wesley Ribeiro, coordenador da Cilsaúde
Wesley Ribeiro, coordenador da Cilsaúde
Foto: Gabriel Maciel/Sesa

Entre os participantes, está a enfermeira Maria Leia, que atua no Samu e na UPA Zona Sul. Ela reforça como a comunicação inclusiva é fundamental durante o atendimento de urgência.

“Esse curso é muito importante porque fortalece um SUS mais humano e inclusivo. Saber se comunicar com todos os pacientes, inclusive os surdos, faz toda a diferença no cuidado. No Samu e na UPA, lidamos diariamente com situações de urgência, em que cada segundo conta. Quando conseguimos entender e ser entendidos, o atendimento flui com mais segurança, acolhimento e respeito. A Libras não é apenas uma ferramenta de comunicação, é uma forma de garantir dignidade e acesso pleno ao serviço de saúde”, afirmou.

A enfermeira Maria Leia
A enfermeira Maria Leia
Foto: Gabriel Maciel/Sesa

A capacitação integra o conjunto de ações da Sesa para assegurar que pessoas surdas tenham seus direitos de comunicação garantidos em todas as unidades de saúde, promovendo um sistema público mais equitativo e acessível.

120 profissionais participam do curso, que visa promover a inclusão no atendimento a pacientes surdos
120 profissionais participam do curso, que visa promover a inclusão no atendimento a pacientes surdos

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