Amapá Digital | Quarta-Feira, 17 de dezembro de 2025.
Maior parte dos atendimentos podem ser resolvidos em Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento. Triagem na porta de entrada segue o Protocolo de Manchester.
O Hospital de Emergências (HE) de Macapá é a principal porta de entrada para casos graves de saúde no estado, sendo o pronto atendimento clínico o setor com maior fluxo da unidade, recebendo uma média de 4,3 mil pacientes por mês, segundo dados do serviço de enfermagem. No entanto, mais de 70% desses casos não se enquadram no perfil de média e alta complexidade que o hospital deve atender.De acordo com Célio Monteiro Junior, responsável técnico da enfermagem do Pronto Atendimento Clínico, o hospital foi estruturado para tratar pacientes em risco iminente de morte, como casos de infarto, AVC, traumas graves e vítimas de acidentes de trânsito.Célio Monteiro Junior, responsável técnico da enfermagem do Pronto Atendimento ClínicoFoto: Gabriel Maciel/Sesa“Por definição, o HE é um hospital de média e alta complexidade. A gente deveria atender pacientes com risco iminente de morte, mas por conta da resolutividade do hospital e da presença de especialistas 24 horas, a população busca o atendimento aqui até para situações que poderiam ser resolvidas nas UBSs ou UPAs”, explica Célio.O setor clínico funciona com uma média de três a quatro médicos por turno, tanto no atendimento clínico quanto no de trauma, garantindo a assistência 24 horas. Diariamente, cerca de 174 pacientes clínicos passam pela triagem do hospital, número que aumenta em períodos festivos ou de sazonalidade.Classificação de riscoA triagem na porta de entrada segue o Protocolo de Manchester, que organiza os atendimentos por prioridade, conforme a gravidade dos sintomas.Vermelho: emergência – atendimento imediato;Laranja: muito urgente;Amarelo: urgente;Verde: pouco urgente;Azul: não urgente.“Os pacientes classificados como verde e azul deveriam ser atendidos em UBSs, enquanto os amarelos são casos para as UPAs. O HE é o local para os perfis vermelho e laranja, que são urgências e emergências”, detalha o enfermeiro.Mesmo assim, mais de 3,6 mil dos atendimentos mensais são de casos de baixo risco. São pacientes que acabam sendo acolhidos, porque saúde é um direito de todos, mas que poderiam ser atendidos com mais rapidez na atenção primária.A triagem na porta de entrada segue o Protocolo de Manchester, que organiza os atendimentos por prioridade, conforme a gravidade dos sintomas.Foto: Gabriel Maciel/SesaAtendimento e estruturaPor ser um hospital de referência estadual, o HE possui serviços de apoio e diagnóstico 24 horas, como laboratório, raio-X, tomografia, ultrassonografia e ecocardiograma, além de centro cirúrgico ativo voltado às urgências e emergências.“O hospital precisa manter o centro cirúrgico livre para as ocorrências graves que chegam a qualquer hora, e não para cirurgias eletivas. Esse é o papel de outras unidades como o Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima ou o Hospital Universitário. Por isso, é importante orientar a população sobre o fluxo correto de atendimento na rede”, reforça Célio Monteiro.Cerca de 4,3 mil atendimentos são realizados mensalmenteFoto: Gabriel Maciel/SesaSegundo ele, a triagem conta atualmente com um médico dedicado exclusivamente à classificação risco, o que permite identificar rapidamente casos que não são perfil do HE e direcionar o paciente ao serviço adequado.Um dos principais desafios da equipe é conscientizar a população sobre a função de cada unidade de saúde. As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) são responsáveis por consultas de rotina, acompanhamento de doenças crônicas, vacinação e pequenos procedimentos. Já as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) funcionam como retaguarda, prestando assistência imediata a pacientes que precisam de atendimento rápido, mas sem risco iminente de morte.“É um trabalho cultural de orientação. Muitos pacientes procuram o HE por confiança na resolutividade, mas é importante entender que a estrutura precisa estar sempre disponível para as urgências verdadeiras, como um AVC ou um infarto”, ressalta Célio Monteiro.Quem acompanha o dia a dia do hospital percebe a importância do serviço. Maria Nazete Miranda, de 58 anos, acompanha o esposo Luiz Cláudio da Costa Miranda, policial militar internado após uma cirurgia cardíaca.“Estou conhecendo bastante esse lado do HE agora, porque estamos vindo sempre pra cá. Graças a Deus estamos sendo bem atendidos, o tratamento do meu marido está sendo feito direitinho e os pacientes em geral também estão sendo bem cuidados. Isso é uma bênção, porque a gente precisa desse atendimento e está tudo funcionando direitinho”, contou.Maria Nazaré Miranda e esposo Luiz Cláudio da Costa MirandaFoto: Rodrigo Abreu/SesaRede de atençãoO HE atende pacientes adultos de todo o Amapá e de ilhas do Pará, recebendo tanto os que chegam por meios próprios quanto os encaminhados por ambulâncias do Samu e unidades de saúde. Apesar da alta demanda, a equipe reforça que a organização da rede é essencial para garantir o funcionamento do sistema.“O HE é um hospital de urgência e emergência, e precisa estar sempre disponível para salvar vidas. Para isso, é importante que cada unidade cumpra seu papel e que o paciente procure o serviço certo, no momento certo”, conclui Célio Monteiro.
O Hospital de Emergências (HE) de Macapá é a principal porta de entrada para casos graves de saúde no estado, sendo o pronto atendimento clínico o setor com maior fluxo da unidade, recebendo uma média de 4,3 mil pacientes por mês, segundo dados do serviço de enfermagem. No entanto, mais de 70% desses casos não se enquadram no perfil de média e alta complexidade que o hospital deve atender.
De acordo com Célio Monteiro Junior, responsável técnico da enfermagem do Pronto Atendimento Clínico, o hospital foi estruturado para tratar pacientes em risco iminente de morte, como casos de infarto, AVC, traumas graves e vítimas de acidentes de trânsito.
“Por definição, o HE é um hospital de média e alta complexidade. A gente deveria atender pacientes com risco iminente de morte, mas por conta da resolutividade do hospital e da presença de especialistas 24 horas, a população busca o atendimento aqui até para situações que poderiam ser resolvidas nas UBSs ou UPAs”, explica Célio.
O setor clínico funciona com uma média de três a quatro médicos por turno, tanto no atendimento clínico quanto no de trauma, garantindo a assistência 24 horas. Diariamente, cerca de 174 pacientes clínicos passam pela triagem do hospital, número que aumenta em períodos festivos ou de sazonalidade.
Classificação de risco
A triagem na porta de entrada segue o Protocolo de Manchester, que organiza os atendimentos por prioridade, conforme a gravidade dos sintomas.
“Os pacientes classificados como verde e azul deveriam ser atendidos em UBSs, enquanto os amarelos são casos para as UPAs. O HE é o local para os perfis vermelho e laranja, que são urgências e emergências”, detalha o enfermeiro.
Mesmo assim, mais de 3,6 mil dos atendimentos mensais são de casos de baixo risco. São pacientes que acabam sendo acolhidos, porque saúde é um direito de todos, mas que poderiam ser atendidos com mais rapidez na atenção primária.
Atendimento e estrutura
Por ser um hospital de referência estadual, o HE possui serviços de apoio e diagnóstico 24 horas, como laboratório, raio-X, tomografia, ultrassonografia e ecocardiograma, além de centro cirúrgico ativo voltado às urgências e emergências.
“O hospital precisa manter o centro cirúrgico livre para as ocorrências graves que chegam a qualquer hora, e não para cirurgias eletivas. Esse é o papel de outras unidades como o Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima ou o Hospital Universitário. Por isso, é importante orientar a população sobre o fluxo correto de atendimento na rede”, reforça Célio Monteiro.
Segundo ele, a triagem conta atualmente com um médico dedicado exclusivamente à classificação risco, o que permite identificar rapidamente casos que não são perfil do HE e direcionar o paciente ao serviço adequado.
Um dos principais desafios da equipe é conscientizar a população sobre a função de cada unidade de saúde. As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) são responsáveis por consultas de rotina, acompanhamento de doenças crônicas, vacinação e pequenos procedimentos. Já as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) funcionam como retaguarda, prestando assistência imediata a pacientes que precisam de atendimento rápido, mas sem risco iminente de morte.
“É um trabalho cultural de orientação. Muitos pacientes procuram o HE por confiança na resolutividade, mas é importante entender que a estrutura precisa estar sempre disponível para as urgências verdadeiras, como um AVC ou um infarto”, ressalta Célio Monteiro.
Quem acompanha o dia a dia do hospital percebe a importância do serviço. Maria Nazete Miranda, de 58 anos, acompanha o esposo Luiz Cláudio da Costa Miranda, policial militar internado após uma cirurgia cardíaca.
“Estou conhecendo bastante esse lado do HE agora, porque estamos vindo sempre pra cá. Graças a Deus estamos sendo bem atendidos, o tratamento do meu marido está sendo feito direitinho e os pacientes em geral também estão sendo bem cuidados. Isso é uma bênção, porque a gente precisa desse atendimento e está tudo funcionando direitinho”, contou.
Rede de atenção
O HE atende pacientes adultos de todo o Amapá e de ilhas do Pará, recebendo tanto os que chegam por meios próprios quanto os encaminhados por ambulâncias do Samu e unidades de saúde. Apesar da alta demanda, a equipe reforça que a organização da rede é essencial para garantir o funcionamento do sistema.
“O HE é um hospital de urgência e emergência, e precisa estar sempre disponível para salvar vidas. Para isso, é importante que cada unidade cumpra seu papel e que o paciente procure o serviço certo, no momento certo”, conclui Célio Monteiro.
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