Amapá Digital | Quarta-Feira, 17 de dezembro de 2025.
Bailarina e pedagoga, Celenita Brito transforma dor em superação e inspira outras mulheres em evento dedicado ao Outubro Rosa apoiado pelo Governo do Amapá
Com 39 anos, a pedagoga e bailarina Celenita Brito carrega na memória e no corpo as marcas de uma luta que já dura sete anos contra o câncer de mama. Paciente da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia do Amapá (Unacon), ela encontrou forças no amor da família, na fé e na dança para enfrentar cada etapa do tratamento — da cirurgia parcial da mama às sessões de quimioterapia e radioterapia.
O diagnóstico veio em 2018, às vésperas do aniversário. A notícia abalou sua vida, mas, aos poucos, Celenita aprendeu a transformar o medo em coragem, e desesperança em força. O apoio das pessoas próximas foi essencial nesse processo. Hoje, além de continuar dançando, ela se tornou palestrante e multiplicadora da conscientização sobre o autoexame e a prevenção.
“Eu achei que não teria forças para suportar. Mas a união da minha família, o cuidado da equipe médica e a fé em Deus me mantiveram de pé. O autoexame salvou minha vida, e eu sempre digo para outras mulheres: conheçam o próprio corpo, observem os sinais e procurem ajuda médica”, orienta Celenita
Acolhimento e cuidado
Hoje, Clenita se sente fortalecida e confiante. Ela retorna à Unacon a cada seis meses para consultas e medicações que ajudam a manter o tumor afastado. Mais do que o tratamento, destaca o acolhimento e o cuidado dos profissionais da unidade, que considera fundamentais em sua caminhada de superação.
“A Unacon também mudou muito desde que comecei. Hoje, somos acolhidas com carinho, acompanhamento psicológico, social e toda uma rede que faz diferença para quem enfrenta essa batalha”, relata Celenita.
Coreografia da Celenita fazia referência ao autoexame como forma eficaz de prevenção do câncer de mama
Foto: Júnior Nery/Sesa
'Somos Todos Outubro Rosa'
Celenita se apresentou na abertura do evento “Somos Todos Outubro Rosa”, realizado na quarta-feira, 1º, na sede da Fábrica de Sonhos, em Macapá, empresa parceira dessa iniciativa. O movimento é protagonizado por mulheres em tratamento oncológico e contou com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que levou nutricionistas do Hospital da Mulher Maternidade Mãe Luzia, e fisioterapeutas do Centro de Reabilitação do Amapá (Creap), além de voluntários.
A programação reuniu palestras sobre o poder do exercício físico, massoterapia, fisioterapia, auriculoterapia, maquiagem, sorteios e apresentações artísticas, incluindo a coreografia de Celenita, que destacou o gesto do autoexame como símbolo de esperança.
Participantes tiveram momento de dança, além de atividades terapêuticas
Apoiar a causa é priorizar a vida
Para a coordenadora de Políticas de Atenção à Saúde da Sesa, Sandra Eliza, apoiar iniciativas como essa é investir em mais qualidade de vida para as mulheres.
Sandra Eliza, coordenadora de Políticas de Atenção à Saúde da Sesa
“Este é um marco importante porque mostra mulheres empoderadas, transformando dor em força. Enquanto Sesa, nosso papel é apoiar, garantir assistência e ampliar as ações de prevenção, diagnóstico e cuidado. O Outubro Rosa não é apenas um mês de conscientização, mas um compromisso permanente do Governo do Amapá com a saúde da mulher, afirmou Sandra.
A enfermeira da Unacon, Deolinda Nascimento, responsável pela mobilização do grupo de pacientes para realização do evento, reforçou o poder do apoio coletivo.
Deolinda Nascimento, enfermeira da Unacon, responsável pela mobilização do evento dedicado ao Outubro Rosa
“Estamos aqui hoje, na Fábrica de Sonhos, desenvolvendo o movimento ‘Somos Outubro Rosa’. Somos um grupo de mulheres que se uniram para falar sobre o câncer, sobre a prevenção, o autocuidado e a importância da atividade física no controle da doença. Quando nos unimos, mostramos que é possível viver com esperança e dignidade”, destacou.
O evento marca o início de uma série de atividades que ocorrerão ao longo de outubro no Amapá, reforçando que o cuidado e a prevenção salvam vidas.
Por Júnior Nery
Pacientes oncológicas tiveram um momento mágico e de descontração pelo Outubro Rosa
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