Copa Wajãpi

5° edição da Copa Wajãpi de Futebol promove a inclusão e respeito à ancestralidade dos povos originários


Abertura dos jogos aconteceu nesta sexta-feira, 8, no Estádio Pajé Maraca, na Aldeia Polo Aramirã, no município de Pedra Branca do Amapari.


Como mais um instrumento de valorização e respeito aos costumes e cultura dos povos indígenas do norte do Amapá, o Governo do Estado realizou nesta sexta-feira, 8, junto à prefeitura de Pedra Branca do Amapari, a abertura da 5ª edição da Copa de Futebol Wajãpi. O torneio aconteceu no Estádio Pajé Maraca, na Aldeia Polo Aramirã, cerca de 183 quilômetros de Macapá.

Secretário adjunto da Sepi, Motã Wajãpi

Secretário adjunto da Sepi, Motã Wajãpi

Foto: Bianck Bastos/GEA

“Esse momento é muito importante para todos os indígenas da aldeia Aramirã, para as mulheres, crianças, lideranças, caciques e organizadores e toda a nossa equipe. O esporte também faz parte da saúde, principalmente para os jovens. Então, agradecemos ao governador do Amapá, Clécio Luís, por ter nos dado todo esse apoio para acontecer esse evento”, destacou o secretário adjunto da Secretaria de Estado Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Motã Wajãpi.

A programação finaliza neste sábado, das 9h às 16h, com entrega de medalhas e premiações em dinheiro ao time vencedor. A realização do evento está sob coordenação da Prefeitura de Pedra Branca do Amapari, por meio do Departamento de Desporto e Lazer (DDL),  com o apoio da Secretaria Extraordinária de Estado dos Povos Indígenas do Amapá (Sepi).

Prefeito do município de Pedra Branca, Marcelo Pantoja

Prefeito do município de Pedra Branca, Marcelo Pantoja

Foto: Bianck Bastos/GEA

“São 10 times participando e cerca de 200 atletas e, com o apoio do Governo do Estado, foi possível trazer lazer, diversão e fortalecimento da cultura esportiva dentro do território indígena Wajãpi. Além disso, foi um momento de integrar as aldeias indígenas do município de Pedra Branca do Amapari, então só temos a agradecer por essa parceria”, relatou o prefeito do município de Pedra Branca, Marcelo Pantoja.

Além das competições, o evento movimentou todo o Estádio Pajé Maraca, de um lado os atletas uniformizados disputando, de outro, os apreciadores concentrados nas partidas. E, à medida que os jogos aconteciam, as mulheres indígenas também aproveitaram para fazer um extra com as pinturas das marcas Wajãpi, e, de outro lado, crianças e jovens brincavam felizes às margens do campo. 

O evento movimentou todo o Estádio Pajé Maraca

O evento movimentou todo o Estádio Pajé Maraca

Foto: Bianck Bastos/GEA

Representante de seu povo, o vereador do município, Kureni Waiãpi, falou sobre a importância da realização dos jogos que recebe apoio do governo e da prefeitura, uma parceria que marca a valorização das práticas esportivas culturais dos povos originários da região e que promove a inclusão dos atletas indígenas.

Vereador do município de Pedra Branca, Kureni Waiãpi

Vereador do município de Pedra Branca, Kureni Waiãpi

Foto: Bianck Bastos/GEA

"Para nós, Wajãpi, os nossos jovens cada vez mais se interessam pelo futebol, então temos que atender às reivindicações deles através do Governo do Estado e do Município. É importante ter essa parceria para que a gente possa levar os indígenas para competirem em outros lugares, para participar com outras etnias. Então, é a primeira vez que temos esse apoio do governo que deu todo esse suporte à logística dos Wajãpi que também moram na cidade de Macapá", explicou o vereador.

O campeonato conta com a participação de 10 equipes indígenas e cerca de 200 jogadores representantes das aldeias Mariry, Manilha, Yvyrareta, Aramirã, Wakõwa, Tajauwyry, Okora'yry, Ytuwasu, Yvytõtõ e Amapari Wãnã.

Copa Wajãpi

A Copa dos Wajãpi já acontece na terra indígena Aramirã há alguns anos, mas essa é a primeira vez que conta diretamente com apoio do Governo do Amapá, que deu todo suporte para a realização da atividade. A iniciativa é marca da atual gestão, que tem o compromisso com a promoção de políticas públicas de valorização da cultura dos povos originários da região e que respeita as especificidades de cada etnia.

Por Bianck Bastos

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