Exposição de arte

Governo do Estado inaugura exposição com trabalhos artísticos produzidos por socioeducandos, em Macapá


Mostra "Trocando as Lentes para Ressignificar Vidas" possibilita processos criativos que favorecem a autonomia, mudanças de valores e comportamentos.


O Governo do Estado inaugura nesta quinta-feira, 5, a exposição de arte “Trocando as Lentes para Ressignificar Vidas”. A mostra, uma parceria com o Tribunal de Justiça do Amapá (TRE-AP), é realizada por jovens sob responsabilidade do Núcleo de Medida Socioeducativa de Internação Masculina (Cesein), pertencente à Fundação Socioeducativa do Amapá (FSA), e pode ser visitada no Fórum Desembargador Leal de Mira, ao longo do mês de junho.

Composta por 15 telas e seis esculturas, a exposição retrata, com técnicas diferentes, temas como emoções, memórias e meio ambiente. A apresentação é resultado dos atendimentos de Arte Educação ministradas durante o ano para 15 adolescentes, com faixa etária entre 15 e 18 anos. As atividades artísticas fazem parte do planejamento da Equipe de Arte Educação. Além dos ensinamentos básicos do desenho, traço e pintura, os jovens desenvolvem habilidades e competências relevantes para a geração de renda e inserção no mundo do trabalho.

As obras de arte são produzidas por socioeducandos

As obras de arte são produzidas por socioeducandos

Foto: Divulgação

A coordenadora do projeto, Doraci Figueiredo, conta que os jovens encontraram na arte uma importante ferramenta no processo de inclusão social e enfatiza que o principal objetivo da exposição é permitir que os visitantes enxerguem os socioeducandos como artistas que são.

Coordenadora do projeto, ‘Trocando as Lentes para Ressignificar Vidas’, Doraci Figueiredo

Coordenadora do projeto, ‘Trocando as Lentes para Ressignificar Vidas’, Doraci Figueiredo

Foto: Divulgação

“Essa é uma oportunidade para que a arte seja admirada independente de quem a está produzindo. Infelizmente, os adolescentes em vulnerabilidade social, que cumprem medidas socioeducativas, vivem na invisibilidade para a sociedade, mas é bom que se diga que eles não ficam encarcerados. Após passar por atendimentos psicológicos, pedagógicos, de assistência social e de arte e educação, fortalecemos a tríade família, sociedade e Estado, e esperamos que além de refletir, eles resgatem memórias e valores e construam um projeto de vida”, enfatizou Doraci.

Os jovens encontram na arte uma ferramenta de inclusão social

Os jovens encontram na arte uma ferramenta de inclusão social

Foto: Divulgação

Participante do projeto, E. R. M., de 18 anos, é autor de obras que já foram expostas na Defensoria Pública do Estado.

“A arte ajuda a expressar emoções e a manter o foco numa vida melhor. Os desenhos, as pinturas e as esculturas que faço, carregam um pouco do que sou. Gosto muito das aulas, são momentos em que exercito a concentração e a paciência. Hoje tenho esperança de um futuro melhor”, frisou o socioeducando.

Por Ana Anspach

Veja alguns trabalhos

 



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