Maio Vermelho

"Vim ver um problema na gengiva e ganhei uma prótese", comemora feirante atendido pelo mutirão do Mais Sorriso no Amapá


O feirante Valdenir Sena Brito, de 60 anos, participou da iniciativa que encerrou a campanha pelo diagnóstico precoce do câncer de boca.


Foi durante uma ação do Mais Sorriso, do Governo do Amapá, realizada na Feira do Produtor, pelo Maio Vermelho, mês de combate e conscientização do câncer de boca, que o feirante Valdenir Sena Brito, de 60 anos, descobriu que possuía uma pequena ferida na gengiva e que aquilo poderia ser grave.

A fim de investigar a fundo o problema, aceitou o convite do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), que promovia a campanha no local, para exames específicos, visando a descartar a possibilidade de câncer de boca. Lá, foi atendido pelo estomatologista Manoel Amaral, passou pelos procedimentos e saiu com um diagnóstico tranquilo, mas também com uma surpresa que ele não esperava.

“Vim aqui ver um problema na minha gengiva e acabei ganhando uma prótese. Eu ia mandar fazer uma por conta própria, mas agora vou poder economizar. Fiquei muito feliz. Isso é cuidado de verdade com a gente, que trabalha duro e nem sempre tem acesso à saúde como deveria”, desabafou o feirante.

Pacientes encaminhados durante as blitzes educativas realizadas em espaços públicos de Macapá, como na Feira do Produtor

Pacientes encaminhados durante as blitzes educativas realizadas em espaços públicos de Macapá, como na Feira do Produtor

Foto: Divulgação

Encaminhado para exames mais detalhados no CEO, Brito participou do mutirão que encerrou a campanha do Maio Vermelho no sábado, 31. No atendimento pelo mutirão, o seu Valdenir saiu do CEO aliviado com a situação da gengiva e garantiu assistência total à saúde bucal.

“Eu já estava desconfiado de uma feridinha na gengiva, mas nunca tinha ido ver. Foi o próprio diretor do CEO [George Araújo] que veio até minha banca. Achei muito bacana essa atitude. Me senti acolhido. Aceitei na hora, porque saúde é coisa séria. Me encaminharam para exames e aqui estou”, detalha Brito.

Diretor do CEO, George Araújo, orientando o seu Valdenir quanto aos procedimentos que realizará pelo Mais Sorriso

Diretor do CEO, George Araújo, orientando o seu Valdenir quanto aos procedimentos que realizará pelo Mais Sorriso

Foto: Divulgação

“Seu Valdenir não tem indicação de fazer biópsia, mas ele tem duas protuberâncias na mandíbula. Então, indicamos a ele fazer a radiografia, para verificar, a fim de identificar o que são os dois caroços que ele tem na boca. Solicitamos ainda exames de sangue, porque ele é diabético, descompensado. Vamos verificar como está a glicemia dele e, posteriormente, indicar para fazer o processo de restauração e extração dentária”, avaliou o estomatologista.

Cuidado que transforma

A história de seu Valdenir é mais uma entre tantas que vêm sendo transformadas pelo programa Mais Sorriso, que percorre o Amapá levando saúde bucal a quem mais precisa. São ações como essa que colocam a prevenção no centro do cuidado, alcançando comunidades em feiras, bairros, municípios, escolas e em eventos públicos.

Em 2024, por exemplo, a equipe do Mais Sorriso também esteve presente na Expofeira Agropecuária, oferecendo exames e orientações a trabalhadores rurais, grupo mais vulnerável ao câncer de boca devido à exposição constante ao sol – um dos principais fatores de risco da doença.

Além da prevenção, o Mais Sorriso entrega recomeços. As próteses dentárias, confeccionadas e distribuídas gratuitamente, já devolveram autoestima e qualidade de vida a milhares de amapaenses.

Nunca é tarde para se cuidar

Com voz serena e memória afiada, seu Valdenir lembra com carinho da sua trajetória. Ele conta das dificuldades e dos desafios enfrentados no passado para garantir atendimento especializado em saúde, principalmente, bucal.

“Minha primeira barraca foi na década de 1980, lá na antiga Feira do Produtor, em frente à Rádio Difusora, na Rua Cândido Mendes. Naquela época eu morava no Pacuí, era tudo mais difícil. A saúde era distante e gente deixava os dentes de lado porque precisava priorizar outras coisas”, disse o feirante que, hoje, entende o valor de cuidar de si.

Por Júnior Nery

Foto: Divulgação

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