Cultura

Governos do Amapá e Federal promovem ciclo sobre política de fronteira e cultura transfronteiriça


Proposta é fomentar reflexões e construir diretrizes para consolidação de uma política voltada à cultura na fronteira do Amapá com a Guiana Francesa.


O Governo do Amapá e o Governo Federal voltaram a se reunir nesta quarta-feira, 14, dessa vez no Cine Teatro Territorial, em Macapá, para a segunda etapa do ciclo “Políticas de Fronteira”, com objetivo de reunir agentes culturais e representantes do poder público em torno de experiências culturais transfronteiriças.

Coordenada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a programação conta com rodas de conversa, coletas de informações e a apresentação do programa: "Diálogos Transfronteiriços – Artes, Culturas, Línguas e Saberes".

Foto: Jorge Júnior/Secom

A secretária de Cultura, Clícia Vieira Di Miceli, reiterou o diagnóstico das políticas públicas de cultura nas regiões de fronteiras que o Ministério da Cultura (MinC) vem fazendo, em especial no município de Oiapoque, onde ocorreu na semana passada a primeira etapa dos debates sobre políticas de fronteira.

“Aqui em Macapá estamos auxiliando o consultor do Ministério da Cultura neste diagnóstico para que em breve o Amapá usufrua dessas políticas fortalecendo ainda mais o laço entre o nosso estado, o Brasil e a Guiana Francesa”, pontuou a secretária.

Secretária de Cultura Clícia Di Miceli

Secretária de Cultura Clícia Di Miceli

Foto: Divulgação

O consultor da Organização de Estados Ibero-Americanos e do Ministério da Cultura, Ricardo Almeida, recordou quando esteve no Amapá em 2016 realizando um trabalho para a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) semelhante ao que veio fazer nesta segunda visita ao estado.

Consultor da Organização de Estados Ibero-Americanos e do Ministério da Cultura, Ricardo Almeida

Consultor da Organização de Estados Ibero-Americanos e do Ministério da Cultura, Ricardo Almeida

Foto: Divulgação

“Agora estou constatando aquilo que já havia conhecido, dessa vez com muito mais informações. Vemos a fronteira não como um limite nacional como muitos enxergam. Estamos tentando passar uma visão de que nestas áreas há muita cultura como o marabaixo, jazz, comunidades indígenas e a língua crioula que são peculiares aqui da região”, lembrou o consultor Ricardo Almeida.

O conselheiro de Cultura Indígena, Diogo Karipuna disse que na primeira reunião ocorrida no extremo Norte do Amapá, foi apresentado o Projeto Semana Cultural, realizado na Escola Indígena Estadual, Jorge Iaparrá, em Oiapoque e que está sendo desenvolvido pelas etnias Galibi Kalinã, Karipuna, Galibi Marworno e Palikur.

Conselheiro de cultura indígena, Diogo Karipuna

Conselheiro de cultura indígena, Diogo Karipuna

Foto: Jorge Júnior/Secom

O projeto é voltado para a inserção das crianças, jovens e adultos na cultura indígena, trabalhando o canto, a música, a dança, a produção de artesanato e a produção de livros na língua indígena.

“Durante a realização do Toré, que é uma dança cultural e religiosa das etnias do Oiapoque, apresentamos numa grande exposição, voltada à comunidade, todo o material produzido pelo projeto”, destacou o conselheiro indígena.

Por Gian Pantoja

Veja alguns trabalhos

 



Deixe seu Comentário

 

VOLTAR A PÁGINA PRINCIPAL