Amapá Digital | Sexta-Feira, 20 de junho de 2025.
O Ciclo do Marabaixo 2025 traz uma edição especial para celebrar o centenário de Benedita Guilhermina Ramos, conhecida como Tia Biló. Figura central na história do marabaixo, ela foi uma grande defensora da cultura afro-brasileira no Amapá, dedicando sua vida à preservação e ao ensino dessa manifestação tradicional. Evento ocorre nos dias 11 e 12 de abril, no Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá.
Além dos rituais tradicionais, como o levantamento dos mastros e o cortejo da murta, o evento — com apoio do Governo do Amapá — promete trazer novidades para homenagear a importância de Tia Biló, matriarca do marabaixo do bairro Laguinho, falecida em 2021 aos 96 anos. Sua memória será celebrada como símbolo de resistência e identidade cultural do povo amapaense.
Entre as atrações previstas estão apresentações de grupos de marabaixo, rodas de conversa e tributos à trajetória de Tia Biló, com destaque para sua contribuição à música, à dança e à religiosidade afro-amazônica. O evento deve envolver a comunidade local e atrair novos públicos para a cultura popular do estado.
A história, a tradição e a cultura do marabaixo — que já se irradia pelo Brasil — serão revividas com intensidade nesta edição. O ciclo será também uma vitrine da identidade do povo tucuju, promovendo o reconhecimento do patrimônio afro-brasileiro, movimentando a economia criativa, atraindo turistas e fortalecendo uma cultura que é viva, plural e autenticamente amazônica.
Central do Ciclo do Marabaixo 2025
Pelo terceiro ano consecutivo, o espaço funcionará como vitrine da cultura marabaixeira, apresentando aos amapaenses e turistas os elementos que compõem essa tradição afro-amapaense, como a gengibirra, o cozidão, as bandeiras, os mastros e a murta. Programação acontece nos dias 11 e 12 de abril, no Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá.
A edição de 2025 traz diversas novidades, como eventos esportivos (corrida e pedal) que vão percorrer os barracões, e o lançamento do projeto “Marabaixando entre Versos e Ladrões”, que levará 16 faixas de cantos tradicionais do marabaixo para as plataformas de streaming. Também serão lançados uma revista e um documentário que destacam o protagonismo feminino no ciclo, por meio do projeto “Pretas do Marabaixo”, além de um edital para o credenciamento das festas tradicionais, promovendo apoio público mais igualitário às comunidades realizadoras.
Com informação/Gabriel Penha
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