Amapá Digital | Segunda-Feira, 23 de junho de 2025.
Apresentação gratuita do oitavo álbum da artista ocorreu no domingo, 14, no Trapiche Santa Inês, em Macapá.
Com apoio do Governo do Amapá, a cantora Patrícia Bastos apresentou em um show aberto ao público, no domingo, 14, as canções de seu novo álbum “Voz da Taba”. A artista encantou os presentes em um espetáculo com ritmos dançantes que remetem à cultura amazônida, no Trapiche Santa Inês, em Macapá.
A apresentação gratuita, coordenada pelo Instituto Amazônia Criativa, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, misturou estilos com a participação do Grupo Senzalas, da cantora paraense Aíla e do DJ Luiz Carlos. No sábado, 13, a apresentação com participação da cantora amapaense Lala Tork ocorreu no recém inaugurado Cine Teatro Silvio Romero, em Santana.
O novo trabalho de Patrícia Bastos é integrado e possibilita uma ampla divulgação da cultura local, reunindo no mesmo palco diversos artistas e promovendo a troca de musicalidades, de acordo com a secretária de Estado da Cultura, Clícia Vieira Di Miceli.
"Ela é mensageira, pois coloca as músicas amapaenses no palco com músicos do resto do Brasil. Ela canta os compositores do Amapá e o povo merecia esse show de uma cabocla que tem nos orgulhado tanto e levado essa riqueza cultural para o mundo. A população amapaense está ganhando esse presente do Governo do Estado", declarou a secretária.
A cantora Patrícia Bastos subiu ao palco com a música Jeito Tucuju, que é um grande sucesso amapaense e uma das 12 faixas do novo trabalho da artista. No “Voz da Taba”, a canção tem participação especial do cantor e compositor Caetano Veloso.
"Para mim é uma emoção muito grande, voltar à minha Taba, onde tudo começou e de onde na verdade eu nunca saio, já que minha essência permanece sempre aqui. Me sinto privilegiada de cantar na beira do majestoso Rio Amazonas, que inspira tantas canções e tantos artistas", ressaltou Patrícia.
Presentes na abertura do evento gratuito, o Grupo Senzalas destacou a importância do lançamento do disco para a cultura do estado e a integração com outros trabalhos de Patrícia. A programação também contou com feira de artesanato e pintura corporal com o artista de Oiapoque Yermollay Karipuna.
"É um acontecimento muito importante porque se trata de coisas nossas, de músicas, poesias e de canto genuinamente nosso, que é justamente um trabalho de resistência cultural, muito forte, e que mostra toda a plástica das artes da região amazônica, precisamente do Amapá", ponderou o integrante do grupo, o cantor Joãozinho Gomes.
Com 15 anos de carreira, a cantora paraense Aíla, que canta o pop amazônico em uma mistura de brega, zouk, lambada e pisadinha, foi uma das participações especiais que abrilhantaram a noite.
"A Patrícia é um nome importantíssimo para a música que vem do Norte. Eu fico muito contente que a Amazônia seja falada em primeira pessoa por outros protagonistas para além do meu estado", enfatizou Aíla.
A professora, contadora de história e escritora, Eliane Duarte, moradora do bairro Universidade, em Macapá, aprecia a música amapaense e não perdeu a oportunidade de curtir os talentos locais.
"Estou muito feliz pelo fato do Governo do Estado estar mais uma vez fortalecendo a nossa cultura com a valorização dos nossos artistas. Está tudo lindo e encantador”, comemorou Eliane.
“Voz da Taba”
Depois de se apresentar em palcos pelo país, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro, pelo projeto Caixa Cultural, a artista retornou ao seu recanto, o Amapá, em shows com participações especiais e banda que esteve presente na gravação do projeto.
Com esse álbum, lançado em todas as plataformas em 2023, a artista completa a trilogia que começou em “Zulusa”, em 2013, que ganhou o prêmio de Melhor Álbum Regional no Prêmio da Música Brasileira, e teve sua sequência com “Batom Bacaba”, de 2016, indicado ao Grammy Latino.
O novo trabalho da artista, tem influência dos ritmos afro indígenas já reconhecidos em seu estilo, e também sons originários da Guiana Francesa, fruto do laboratório musical que levou Patrícia Bastos e seus parceiros musicais, Joãozinho Gomes, Enrico Di Miceli e Dante Ozzetti, para a fronteira do Brasil com a França e Suriname.
Por: Cristiane Nascimento
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