Amapá Digital | Terça-Feira, 24 de junho de 2025.
Profissionais atuam em sete unidades de saúde do estado, onde participam de todo fluxo de atendimento, do acolhimento até a internação.
Para auxiliar o entendimento e a comunicação entre a equipe médica e os povos originários, o Governo do Amapá conta com intérpretes em linguagens indígenas em sete Hospitais Estaduais. Os profissionais acompanham todo o fluxo dos pacientes, desde a entrada no ambiente hospitalar, passando pelo acolhimento, consultas até a internação. Em 2023, foram contabilizados 730 atendimentos nas unidades de saúde.
Entre os povos atendidos estão os Wajãpi, Tiriyó, Apalai, Kaxuyana, Waiana, Karipuna, Galibi Marworno e Palikur. O serviço é ofertado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), através da Coordenação Estadual de Saúde Indígena (Coesi), responsáveis pelo gerenciamento dos profissionais. De acordo com o intérprete Araimare Waiãpi Waiana, os indígenas se sentem mais confortáveis com os intérpretes do lado.
"Eles se sentem compreendidos e isso é muito importante na hora de falar qual o problema de saúde aos médicos e toda a equipe do hospital. Então eles ficam confortáveis em um ambiente estranho e não habitual", relata Araimare.
Para somar com a equipe de intérpretes, a Sesa possui enfermeiros e técnicos indígenas que auxiliam na resolutividade dos atendimentos. Além dos profissionais, o Governo do Estado mantém uma enfermaria indígena no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), em Macapá, garantindo um espaço humanizado e inclusivo.
De acordo com a coordenadora do Coesi, Alessandra Macial, o serviço é essencial e contará com ampliação no quadro de profissionais.
"Os intérpretes são essenciais para o andamento dos nossos atendimentos hospitalares, porque são pacientes que muitas vezes são incompreendidos dentro de diversos espaços públicos, então nós atuamos para que todos sejam acolhidos e recebam atendimentos de qualidade", ressalta Macial.
Por: Paolla Gualberto
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