Amapá Digital | Segunda-Feira, 22 de dezembro de 2025.
Após uma série de desenvolvimentos nos últimos dias, o cenário em relação ao aumento de mais de 44% na tarifa de energia elétrica no Amapá permanece incerto, suscitando preocupações e discussões intensas nas esferas públicas do Estado e Nacional. Três matérias publicadas recentemente, uma pelo Ministério Público Federal (MPF-AP), na quarta-feira, 13, outra pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em reportagem do G1-AP, na terça-feira, 12, e a visita do Presidente da República, Lula, anunciada em matéria do Jornal O GUARANI, na segunda-feira, 11, fornecem insights sobre o assunto.
A notícia publicada pelo MPF-AP, destaca-se que a Justiça Federal acatou o pedido do Ministério Público Federal e suspendeu, em caráter liminar, o aumento proposto pela CEA Equatorial. A liminar impede a homologação da nova tarifa prevista para entrar em vigor no mesmo dia e impõe uma multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento. O MPF argumenta que a cláusula do contrato de concessão que permite a revisão tarifária sem demonstração de desequilíbrio econômico-financeiro contratual é abusiva.
Na publicada pela Aneel, em reportagem do G1-AP, é informado que a decisão sobre a revisão tarifária extraordinária foi adiada por 45 dias. O relator do processo, Fernando Mosna, sugeriu o adiamento, e a agência destacou que o aumento médio seria de 44,41%. O adiamento ocorreu uma semana antes da visita do presidente Lula ao Amapá, agendada para segunda-feira (18).
Considerando essas informações, a probabilidade do aumento de 44% na tarifa de energia elétrica ocorrer após o tempo paralisado torna-se uma incógnita. A decisão judicial liminar suspendendo o aumento e o adiamento pela Aneel indicam uma série de debates e negociações em andamento. O papel do Governo Federal, mencionado na matéria do Jornal O GUARANI, que planeja publicar uma Medida Provisória (MP) para reduzir os impactos de futuros reajustes, pode ser o passo para resolver esse impasse.
O MPF argumenta que o aumento proposto é abusivo e transferiria injustamente os custos da concessão para o consumidor final, prejudicando especialmente os mais carentes. A decisão judicial e o adiamento sugerido pela Aneel indicam uma preocupação em garantir uma revisão tarifária justa e equitativa, considerando o contexto econômico e social do Amapá.
No entanto, a incerteza persiste, e a população amapaense aguarda mais informações e ações concretas dos órgãos competentes para entender o desfecho desse cenário desafiador. O debate sobre a tarifa de energia elétrica no Amapá continua a ser um tema central, afetando diretamente a vida e o bolso dos cidadãos do Amapá. Espera-se que a vinda do Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, marcado para a próxima segunda-feira, 18, coloque um ponto final, bata o martelo, dê a sentença final dessa incógnita.
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