Meio Ambiente

Uso sustentável das florestas e desenvolvimento socioeconômico discutidos no AP


Entre as alternativas apontadas nos dois dias debates, estão a contribuição das comunidades extrativistas neste processo e o reflorestamento.


Em dois dias, o Governo do Amapá realizou debates voltados para a promoção do uso sustentável das florestas em prol do desenvolvimento socioeconômico do Estado. O evento, realizado no Palácio do Setentrião, encerrou na sexta-feira, dia 2 de setembro, e reuniu técnicos, gestores de instituições ambientais, representantes do setor florestal e membros da sociedade civil. Eles compartilharam perspectivas sobre as concessões florestais e seu papel no desenvolvimento sustentável do Amapá.

O vice-governador, Teles Júnior, destacou a importância de promover o manejo responsável e seguro das florestas, enfatizando que a preservação da Amazônia está intrinsecamente ligada ao bem-estar das pessoas que habitam a região.

"A preservação mais importante da Amazônia, o ativo mais importante, é o amazônida. É esse ativo que deve ter dignidade, acesso à educação, saneamento. É esse ativo que precisa sobreviver. Todo e qualquer esforço de preservação da Amazônia só faz sentido se pudermos atender as pessoas que moram aqui", declarou o vice-governador.

Entre as alternativas discutidas durante o evento, destacam-se o reflorestamento e a contribuição das comunidades extrativistas. Os participantes salientaram a importância de buscar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a conservação dos recursos naturais.

Arlete Leal, artesã da Associação de Mulheres Extrativistas Sementes do Araguari, compartilhou sua experiência de mais de dez anos trabalhando com produtos artesanais da sociobiodiversidade. Ela enfatizou que é possível obter sustento da floresta com respeito ao meio ambiente.

"Produzimos óleo, sabonete, vela e unguento a partir do que extraímos da floresta, e com isso temos uma fonte de renda que contribui muito para nossas despesas. Participar desse debate nos possibilita dizer para nossas autoridades que somos povos da floresta e conseguimos gerar recursos sem destruir", relatou Arlete.

A secretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa Mendonça, destacou a importância dessas discussões para a promoção de políticas ambientais eficazes e sustentáveis.

"Essa discussão possibilita uma tomada de decisão mais acertada e viabiliza a elaboração de políticas públicas viáveis e aplicáveis, alinhando desenvolvimento econômico com respeito ao meio ambiente, garantindo um futuro equilibrado para esta e as próximas gerações", ressaltou a secretária.

O diretor de Desenvolvimento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Marcos Almeida, coordenou o debate sobre as possibilidades que o estado tem de alcançar desenvolvimento econômico com as concessões ambientais.

"O Amapá tem potencial para ser a maior fronteira de madeira legal do Brasil", afirmou Almeida.

Décio Yokota, coordenador do programa de gestão de informação do Instituto Iepé, abordou o conceito de Manejo Florestal Sustentável, enfatizando a importância das técnicas aprimoradas para a conservação dos recursos naturais e a utilização racional e ambientalmente adequada.

Alison Castilho, do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), apresentou informações sobre o Manejo Florestal Comunitário, destacando sua relevância como uma alternativa para o uso sustentável dos recursos naturais.

O pesquisador da Embrapa Marcelino Guedes ressaltou as oportunidades do manejo comunitário, afirmando que é a melhor forma de garantir que as concessões florestais gerem desenvolvimento e renda para as comunidades locais, especialmente os povos da floresta.

 

Por Cristiane Nascimento .Colaboradores: Andreza Teixeira

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