Amapá Digital | Terça-Feira, 23 de dezembro de 2025.
A primeira etapa do programa traz fomentos por meio de editais para os setores das artes visuais, teatro, dança, circo e música.
No último sábado, dia 2, o programa "Circula Funarte - Políticas para as Artes em Diálogo" recebeu o apoio do Governo do Amapá para um encontro especial. Este evento visou ampliar o conhecimento dos trabalhadores culturais do estado sobre economia criativa e como acessar os fomentos disponíveis nos editais da Fundação Nacional das Artes (Funarte), vinculada ao Ministério da Cultura.
Lançada em 10 de julho, a primeira etapa do programa "Circula Funarte" traz oportunidades de financiamento através de editais para os setores das artes visuais, teatro, dança, circo e música, com um investimento total de R$ 52 milhões.
Esta iniciativa já percorreu diversos estados brasileiros e encerrou sua primeira etapa no Amapá. O programa é aberto a todos os públicos, fazendo parte das ações da Funarte para impulsionar a retomada artística e cultural no Brasil.
A secretária de Estado de Cultura do Amapá, Clicia Vieira Di Miceli, enfatizou a importância desse evento para a cultura amapaense e para mostrar ao Brasil a riqueza cultural da região norte.
"Este é um momento realmente importante para a cultura amapaense; o Brasil precisa parar de olhar para a Amazônia com uma visão aérea, mas sim olhar para quem mora nesse território e a forma como esses agentes se organizam culturalmente. O Governo do Amapá tem trabalhado para abrir o diálogo junto com o Governo Federal nesse novo momento de reestruturação do Ministério da Cultura; agora estamos aqui, conversando, dialogando e, o principal, chamando a sociedade civil para participar e ser ouvida", destacou a secretária.
O evento contou com a presença da presidente da Funarte, Maria Marighella, e sua equipe técnica, que discutiram a importância da descentralização de recursos e o alcance aos trabalhadores culturais de diversos segmentos através de uma política coletiva e participativa. Foram apresentados os programas abertos ao público, como o "Funarte Retomada," que oferece cinco editais setoriais, com inscrições prorrogadas até segunda-feira, dia 4.
"Nós lançamos algumas linhas, primeiro uma linha setorial, que é o programa Funarte Retomada, com recursos divididos regionalmente, uma distribuição que, pela primeira vez, segue uma diretriz de política pública, ou seja, essa transferência à cidade, com o mesmo cálculo que nós usamos para a Lei Paulo Gustavo, então é o momento de dialogar, estabelecer esse canal aberto com o fazedor de cultura e alcançar todo o Brasil", pontuou Maria Marighella.
A artista digital Keyla Palikur, do povo Palikur-Arukwayene, viajou oito horas do Oiapoque até a capital amapaense para participar do evento. Ela pretende submeter um projeto a um dos editais da Funarte.
"Vim de longe porque sempre tive o sonho de alcançar um edital e quero participar. É o momento em que vemos que qualquer espaço cultural pode pertencer e estar, então quero levar a minha arte e cultura para um edital nacional", disse animada.
O encontro também contou com a presença da diretora de Difusão e Fomento da Funarte, Aline Vila Real, da diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, do presidente do Conselho Estadual de Política Cultural, Cirley Picanço, e dos representantes do Escritório do Ministério da Cultura no Amapá, Rayane Penha e Otto Ramos.
"É um momento de estarmos presentes, debater e participar desse processo, por isso que ter o Ministério da Cultura aqui, pessoalmente, nos ouvindo, é ter a certeza de que estamos fazendo a nossa parte para garantir a memória dos que nos antecederam, dos que estão e daqueles que virão", reforçou a produtora cultural e cantora de Mazagão Velho, Verônica dos Tambores.
Os interessados podem se inscrever em outros editais oferecidos pela Funarte, como o Bolsa Funarte, Funarte de Mobilidade Artística 2023, Prêmio Funarte Mestras e Mestres das Artes 2023 e Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas e Programa Funarte Retomada. Para mais informações, basta acessar o site da Funarte.
Por Rafaela Bittencourt
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