Amapá Digital | Sábado, 28 de junho de 2025.
Com a Lei Federal é possível fazer o procedimento a partir dos 21 anos, sem necessidade de autorização do cônjuge.
Já está em vigor no Amapá a Lei Federal nº 14.443/2022, que traz novas regras para cirurgias de laqueadura no Brasil. Com as mudanças, a idade mínima para realizar o procedimento - que era de 25 anos - passa a ser de 21 anos, além de não ser mais necessária a autorização do cônjuge. Como pré-requisitos, a mulher deve ter, no mínimo, dois filhos vivos. No caso de grávidas, a lei permite que a laqueadura seja feita no momento da cesariana, com o prazo de 60 dias entre a manifestação da vontade e a realização do parto. No Amapá, o Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML) atende as mulheres que desejam fazer o procedimento, que é dividido em três etapas até sua efetivação, como explica a diretora da unidade, Cristiane Barros. "O primeiro passo é a entrega de documentação, depois vem a etapa em que a mulher participa de uma palestra e recebe mais informação sobre os métodos contraceptivos e a laqueadura. Esse momento é conduzido por assistente social, psicólogos e enfermeiros. Após a fase de esclarecimentos, a solicitante passa por consulta médica para que, então, possa realizar a laqueadura. Todo o trâmite é necessário para que a mulher não tenha dúvidas", detalhou. Para dar início ao procedimento, a mulher deve se dirigir ao Hospital Mãe Luzia, às terças e quintas-feiras, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Não é necessário encaminhamento. Confira os novos critérios para a formalização do Processo de Laqueadura Tubária no Amapá:
Mulheres grávidas As usuárias grávidas poderão fazer a laqueadura no parto, desde que tenham indicação de cesariana pelo médico plantonista. Em caso de parto normal, a paciente poderá dar sequência via procedimento eletivo, com encaminhamento feito pelo Ambulatório de Obstetrícia da maternidade. Laqueadura Tubária A laqueadura é um procedimento cirúrgico que dura entre 40 minutos e 1 hora. O objetivo é evitar o contato do espermatozóide com o óvulo nas trompas, para impedir a fecundação e, consequentemente, a gestação. Também pode ser recomendada nos casos em que uma gravidez representa risco para a mulher. Há possibilidade de realizar reversão da laqueadura com técnicas de reprodução assistida, no entanto, o sucesso do procedimento depende de fatores como a preservação das tubas e a condição de saúde das trompas. O procedimento de reversão não é coberto pelo SUS
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Por: Jamile Moreira
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