Amapá Digital | Sexta-Feira, 26 de dezembro de 2025.
Rede de ensino da capital foi a primeira do Estado a reabrir as escolas aos estudantes. Agora, com a ampliação do debate sobre aulas híbridas, as demais redes de ensino observam o caminho percorrido por Macapá.
A ousadia adotada este ano pela Prefeitura de Macapá com relação à Educação foi destaque no 10º Encontro Estadual dos Conselhos Municipais de Educação do Amapá, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (15), na sala de reuniões do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e discutiu o processo de transição das aulas remotas para as híbridas em todas as redes de ensino presentes no Estado, algo defendido desde o primeiro semestre pela administração do prefeito Dr. Furlan.
O evento foi realizado pela União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme) no Amapá.
Estiveram presentes no encontro, membros dos conselhos municipais e estadual de Educação, das secretarias municipais e estadual de Educação, além de representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O evento contou ainda com gestores da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Macapá, o subsecretário de Gestão Educacional, Ebrely Andrade, e a coordenadora de Gestão Educacional, Simone Freitas.
A oportunidade serviu para que os participantes pudessem avaliar as ações realizadas por cada secretaria e trocar experiências sobre os desafios do processo de ensino-aprendizagem no contexto da pandemia da Covid-19. O mesmo debate está ocorrendo em todos os demais estados brasileiros e também a nível mundial, devido à abrangência dos agravos provocados pelo novo coronavírus em todos os sistemas de ensino.
A rede municipal de ensino da capital foi a primeira do estado a reabrir as escolas aos estudantes. A Prefeitura de Macapá acompanhou as orientações de entidades ligadas à defesa das crianças na primeira infância, como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS).
“Nosso maior obstáculo foi com relação às estruturas dos prédios escolares. Encontramos a rede física das escolas com diversas deficiências e tivemos que correr contra o tempo para tomar decisões administrativas eficientes para resolvê-las. A partir daí pudemos voltar a receber os estudantes nas salas de aula, levando em consideração os protocolos de biossegurança e a realidade de cada escola”, ressaltou o subsecretário da Semed, Ebrely Andrade.
Subsecretário da Semed, Ebrely Andrade
Coordenadora de Gestão Educacional, Simone Freitas.
Linha do TempoO ano letivo de 2021 da rede municipal de Educação de Macapá teve início no dia 19 de abril, com aulas remotas para todos os estudantes, através da internet ou com a entrega de materiais didáticos impressos.
“Neste período realizamos a busca ativa dos alunos e a entrega de materiais didáticos que utilizam metodologias ativas de aprendizagem. Nosso sistema gestor também foi utilizado para o envio e recebimento de atividades. Também foi neste momento que houve a primeira chamada dos habilitados no concurso da Educação”, detalhou a coordenadora Simone Freitas.
No dia 26 de abril, a Prefeitura de Macapá, através do decreto municipal 2.992 de 2021 instituiu o retorno gradativo das aulas presenciais para os estudantes das turmas do 5º ano, adotando um modelo de ensino seguro, híbrido e em rodízio dentro da rede municipal.
“Foi aí que demos início às capacitações dos gestores e demais profissionais da Educação sobre os protocolos de biossegurança e o plano de retomada das aulas presenciais. Também promovemos a criação de comitês de monitoramento em cada escola e a Prefeitura realizou mutirões de vacinação, o que permitiu que o calendário do Ministério da Saúde avançasse e chegasse logo a vez dos professores serem vacinados contra a Covid-19”, explicou a coordenadora.
A Semed também realizou entrega de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) nas unidades escolares e reforçou o apoio contábil aos caixas escolares que estavam inadimplentes e inaptos a receberem recursos para manutenção e adaptação dos prédios.
Entre maio e julho aconteceu mais um avanço na reabertura das escolas aos estudantes, que foi dividida em várias etapas, que compreenderam o formato híbrido e presencial, rodízio e quantitativo de alunos reduzidos em 50%, além de distribuir as aulas presenciais de acordo com os níveis educacionais.
Nesse período foi realizada a segunda chamada dos habilitados no concurso da Educação. A terceira chamada veio em seguida.
No início de agosto as mudanças passaram a valer e se mantém até o momento, sem nenhuma ocorrência grave de Covid-19 dentro do ambiente escolar. Em setembro, todos os servidores municipais estarão completamente imunizados contra a Covid-19, com as duas doses da vacina.
Os prédios das escolas municipais são sanitizados semanalmente por equipes do Exército Brasileiro (EB) e também por uma empresa contratada para realizar serviços de sanitização com ozônio.
As ações pedagógicas e administrativas tomadas pela Gestão municipal neste ano foram sincronizadas para que o processo de retomada das atividades escolares presenciais fosse feito de maneira responsável e com a adesão dos servidores e estudantes.
“Agora, com o Cartão Merenda, nós percebemos que 90% dos estudantes que não estavam autorizados ao ensino presencial foram autorizados pelos seus responsáveis. Além de garantir a segurança alimentar dos alunos da rede, o programa serviu para o combate da evasão escolar, uma vez que o estudante também tem acesso à merenda dentro da escola”, completou o subsecretário Ebrely Andrade.
Por Lázaro Gaya
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